SOCORRÕES PEDEM SOCORRO – Atendimento nos hospitais municipais de São Luís entra em colapso

Além da precariedade de suas acanhadas instalações, os hospitais municipais de São Luís que prestam atendimento de urgência e emergência, no caso o Djalma Marques e o Clementino Moura, rotulados, respectivamente, de Socorrão 1 e Socorrão 2, estão à beira do colapso. Um dos motivos é a superlotação, pois diariamente, a cena se repete com amontoados de pacientes em macas e camas improvisadas nos corredores destas duas casas de saúde.

Na última segunda-feira (26), duas pessoas, sendo um adolescente e um idoso, morreram no Socorrão 1 e seus familiares alegam, com muita propriedade, que os óbitos se deram devido a demora no atendimento específico para os dois pacientes. A Secretaria Municipal de Saúde, por sua vez, disse que os procedimentos médicos foram realizados a contento e dentro das possibilidades.

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Corredores dos Socorrões de São Luís continuam amontoando pacientes em camas improvisadas (Foto internet)

Porém, a realidade é outra. Não é de hoje que a superlotação e a precariedade das instalações físicas destas duas unidades de saúde são motivos de denúncia e revolta por parte de quem procura atendimento médico nestes locais. Também há de se convir que estes dois hospitais atendem pacientes vindos de toda Ilha de São Luís e de diversos municípios do interior do Estado.

Mas a questão principal é que a cidade de São Luís há muito tempo, na prática, só dispõe destas duas unidades hospitalares para atendimento médico de urgência e emergência. O tempo passou e com ele, apenas promessas de construção de novos hospitais públicos. Assim, caiu como uma bomba nas mãos da gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior, o clamor popular pela recuperação da saúde pública da ‘capital de todos os maranhenses’.

Infelizmente, sem a intervenção do Governo do Estado, esse pedido de socorro não poderá ser atendido, pelo menos a curto e médio prazos. O Município de São Luís não possui “receita médica” e muito menos, receita financeira para equacionar esse problema considerado crônico. Basta olhar para o “novo” Hospital da Criança cujas obras se arrastam há anos e para a Maternidade da Cidade Operária que limitou-se a estacas fincadas no chão.

Em ambos os casos, o quadro clínico é de “estado terminal”. Não porque essas importantes obras estejam em fase de conclusão, mas sim pelo fato de não terem “previsão de alta”. Enquanto isso, o secretário de Saúde do Município, Lula Fylho usa overdoses de saliva tentando explicar o inexplicável.

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