O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta segunda-feira (27), sem restrições, a compra de parte da Embraer pela Boeing. No entendimento dos conselheiros, as duas empresas não concorrem nos mesmos mercados e, por isso, a transação não representa riscos à concorrência sadia.
A operação foi anunciada em julho de 2018, nove meses após a compra de parte da Bombardier pela Airbus – outras duas gigantes da aviação comercial. A nova empresa, resultante dessa união, tem capital avaliado em US$ 4,75 bilhões.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A transação será feita em duas “etapas”. Em uma delas, a Boeing vai comprar 80% do capital da Embraer ligado à aviação comercial – produção de aeronaves regionais e comerciais de grande porte, segundo material divulgado pelo Cade.
Na outra transação, Embraer e Boeing vão criar uma joint venture (nova empresa) voltada à produção da aeronave KC-390, de transporte militar. Esse cargueiro é o maior modelo produzido no Brasil, atualmente – a estreia da aeronave foi em outubro.
Segundo nota divulgada à imprensa, o Cade concluiu que a operação trará benefícios à Embraer, “que passará a ser um parceiro estratégico da Boeing”. A cooperação tecnológica e comercial pode favorecer, no entendimento da autarquia, os ramos que permanecem com a Embraer, de aviação executiva e de defesa.
(Portal G1)