SÃO LUÍS – Mortes violentas de adolescentes e jovens é discutida em seminário

Na manhã desta quinta-feira,7, foi realizada a abertura do Seminário sobre Mortes Violentas de Adolescentes e Jovens em São Luís, no Centro Cultural e Administrativo do Ministério Público, no Centro da capital maranhense. O evento prossegue até essa sexta-feira, 8.

O objetivo é identificar e compartilhar conhecimentos e metodologias para o enfrentamento de mortes violentas de adolescentes e jovens. O conteúdo debatido deve oportunizar o desenvolvimento de programas e políticas públicas de enfrentamento e redução de homicídios.

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O evento é promovido pelo Ministério Público do Maranhão, por meio do Centro de Apoio Operacional Criminal (CAOp-Crim) e da Escola Superior do Ministério Público do Maranhão (ESMP), em parceria com as secretarias municipais da Criança e Assistência Social (Semcas), Educação (Semed), Saúde (Semus), Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Em seu pronunciamento, o procurador-geral de justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho, fez referência inicialmente à CPI do Senado de 2016, cujo resultado apontou que a cada 23 minutos um jovem negro é assassinado no Brasil e, a cada ano, 23 mil jovens negros de 15 a 29 anos são mortos no país, número quatro vezes maior do que o de jovens brancos. “Os indicadores nacionais demonstram a afrontosa e grave violação do direito à vida de toda uma geração de brasileiros, em completa divergência com a Constituição. Por isso, estamos aqui para compartilhar metodologias para o enfrentamento de mortes violentas de adolescentes e jovens”, enfatizou.

A coordenadora da Unicef em São Luís, Ofélia Silva, ressaltou que o seminário foi organizado para reunir pessoas que estão refletindo criticamente sobre a realidade de crianças e adolescentes do país, no âmbito da proteção dos direitos. “O nosso esforço é buscar soluções, incluindo o conhecimento de ações e experiências semelhantes às de São Luís, já implementadas em outras capitais como Fortaleza, para que a gente possa prevenir a violência e reduzir cada vez mais o número de mortes violentas de crianças e jovens”, disse.

Também se pronunciaram na abertura a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Marcos Japi e a secretária-adjunta da Semcas, Nazaré Garcês.

Mediador dos painéis, o promotor de justiça Márcio Thadeu Silva Marques, diretor da ESMP, ressaltou que o seminário tem o objetivo de encontrar soluções para o enfrentamento da violência. “Vão ser dois dias de profundo, provocativo e instigador debate para que a gente possa dar uma resposta adequada à maior violação dos direitos de crianças e adolescentes, que é esta atividade de extermínio de nossos jovens. Nós, sociedade, família e Poder Público, vamos buscar as soluções, conforme estabelece a Constituição”.

 

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