O professor universitário Felipe Camarão é, sem dúvida, uma das referências da nova safra de homens públicos da cidade de São Luís. Dono de um vasto conhecimento sobre os mais variados assuntos, o jovem maranhense, além de ter berço cultural e fraterno, é dono de uma contagiante simpatia. Capaz de debater qualquer tema, sem bater, no máximo, rebater.

Lula com Felipe Camarão: nada de vermelho; azul da cor do mar (Foto: Reprodução)
Mas quando o assunto é política partidária com seus emaranhados e percalços, é sugestivo dizer que Camarão tem muita dificuldade para poder se sobressair. Isso porque, além de espinhosa, a política é lisa, ensaboada e ao mesmo tempo dinâmica.
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Recentemente filiado no PT, portanto visto ainda como “neo petista”, em 2022 Felipe Camarão formou chapa como vice do governador Carlos Brandão (PSB), que foi reeleito sem muita dificuldade, logo no primeiro turno. Considerado um técnico na área da educação, Camarão permaneceu na titularidade da Seduc de março de 2016 a abril de 2023, quando deixou a pasta por motivos secundários.
Desde então, o vice-governador segue debruçado em um projeto político precoce, sem ter sido, de fato, experimentado nas urnas. Isso porque, vice “é eleito” com o nome e número do titular da chapa…
Portanto, pode até ser que seu projeto de disputar o governo do Maranhão em 2026 ganhe musculatura e oxigênio suficientes para o embate eleitoral, mas via de regra, primeiro é preciso “criar casca grossa” no mundo da articulação política. Colocar o nome próprio ou o próprio nome numa eleição intermediária sempre será salutar, mesmo não sendo esse o fator determinante.
Na atual conjuntura, fica difícil até para o eleitor entender a situação e atender ao apelo do pretenso candidato ao governo. Principalmente, quando se trata de um aspirante tentando construir nome, em meio a situações desconfortáveis e desfavoráveis.
Até porque na política, um cedilha pode fazer toda a diferença. Força pode virar forca, por exemplo. Espera-se que não seja esse o caso…
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