Uma gigantesca atração da Feirinha São Luís deste domingo (16) foi motivo de controvérsias entre visitantes, comerciantes e foliões que se fizeram presentes neste tradicional evento cultural. Um desproporcional trio elétrico ocupou o lugar do simpático palco no cruzamento das ruas de Nazaré e Egito com a Praça João Lisboa, causando espanto e incompreensão para boa parte do público.

Trio elétrico foi a grande atração da Feirinha São Luís (Foto: redes sociais)
Para muitos, foi um contraste incluir como atração cultural a “abaianada estrutura”, que normalmente usa um repertório distante das animadas marchinhas carnavalescas. E mais: no extenso e pesado trio elétrico, nada de canções do cenário musical maranhense e sim, quase que exclusivamente, o “axé baiano”.
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Parte do foliões até aplaudiu a “novidade automotiva”, mas muita gente questionou o porquê de não levar para a Feirinha São Luís, por exemplo, a genuína “casinha da roça” ou até mesmo uma “jardineira” para embalar os ritmos pré-carnavalescos do Maranhão. Afinal de contas, a época, o espaço e o evento propriamente dito, são apropriados para a inclusão dessas manifestações culturais.
Outro questionamento que deve ser levado em consideração é o fato de que para “estacionar” o trio elétrico no local foram necessárias incontáveis manobras e passagens por ruas estreitas calçadas de paralelepípedo. Tecnicamente falando, esse tipo de calçamento não é recomendável para a circulação desses pesados veículos.
É bom que os responsáveis pela programação cultural do evento, no caso a Secretaria Municipal de Cultura (Secult) reveja esses pormenores, até porque as “pancadas” e “batidas” oriundas do sistema de som de trios elétricos podem até abalar as estruturas de casarões coloniais revestidos de azulejos situados nos arredores desse movimentado evento dominical.
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