O caso do desabamento da Ponte JK, no Rio Tocantins, entre os municípios de Aguiarnópolis(TO) e Estreito(MA), tem sido pauta diária do noticiário local e nacional. Mas nada capaz de aliviar a dor e o sofrimento de familiares das vítimas dessa tragédia anunciada.
Muito menos, trazer de volta a vida das pessoas que, trabalhando ou se deslocando para seus afazeres, foram dragadas pelo desastre, cujos alguns dos quase vinte corpos ainda permanecem submersos nas águas profundas do Tocantins.
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Nesta quarta-feira (26), o governador Carlos Brandão decretou luto oficial de três dias no Maranhão por causa da tragédia. A propósito, tentam imputar ao chefe do Executivo estadual alguma culpa, quando na verdade, as atribuições são de inteira responsabilidade do governo federal. Tanto é assim, que organismos do Judiciário estão investigando o caso e pastas do Executivo anunciando medidas para a reconstrução da ponte, ambos, poderes federativos.
Sindicância DNIT
Em atendimento a uma determinação do ministro dos Transportes, Renan Filho, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) abriu uma sindicância para apurar as causas e efetivar as responsabilizações pelo desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira. A portaria, nº 6194, foi publicada na terça-feira (24). Ainda está previsto para a publicação do decreto de emergência que vai destinar mais de R$ 100 milhões para a construção de uma nova estrutura.
Apuração do MPF
O Ministério Público Federal (MPF) iniciou o processo de apuração dos fatos e das responsabilidades acerca do caso de desabamento do vão central da ponte Juscelino Kubitschek. A ponte ligava os estados do Maranhão e Tocantins. Ao menos 14 pessoas estão desaparecidas, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
De acordo com documento assinado pelos procuradores da República Alexandre Silva Soares e Thayná Freire de Oliveira, a queda da ponte, ocorrida em 22 de dezembro, gerou preocupação quanto a uma possível contaminação da água do Rio Tocantins e outros impactos socioambientais, pela queda de veículos no rio, incluindo caminhões carregados com ácido sulfúrico e agrotóxicos. Além disso, a possível contaminação levou a suspensão de atividades de abastecimento dos serviços locais.
Luto e luta
O lamentável episódio tem sido motivo de questionamentos e porquês da não interdição prévia do elevado para manutenção à altura de sua importância. O luto segue estampado na cara das pessoas e a luta para justa punição dos verdadeiros culpados deverá ser uma batalha infinita, com remotas chances de definição.
Só se tem certeza de uma coisa além da tragédia: muita água ainda vai passar debaixo do que restou da ponte!