Desde o domingo (22) brasileiros, maranhenses, tocantinenses, especialmente os que moram em Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), vivem um clima de dor, tristeza e angústia misturados com revolta e lamentos. O desabamento da ponte rodoviária sobre o rio Tocantins, na divisa entre os dois estados, com seus desdobramentos, além de ser uma tragédia anunciada é também puro sinal de despreparo, desrespeito e descaso com as famílias das vítimas da fatalidade e de desaparecidos.
Informações dão conta qur o número de mortos e desaparecidos beira vinte seres humanos, mas ainda não se sabe o certo. O fato é que submersos no imenso curso d’água estão caminhões, caminhonetes, carros de passeio e motocicletas, alguns desses veículos ocupados com corpos de vítimas, que já estão sendo consumidos pelo tempo e por produtos químicos e orgânicos derramados no sinistro.
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Não se pode conceber que, passadas mais de 60 horas da tragédia do rio Tocantins, corpos humanos ainda estejam presos em cabines veiculares e às ferragens. Na realidade, é muita falta de preparo e pouca ação, principalmente do governo federal, que a princípio minimizou o caso e mesmo depois, parece não ter um plano eficaz e eficiente. Poderia ter instalado de imediato um gabinete de crise envolvendo setores que o caso requer.
Além de vidas perdidas, danos ambientais estão na esteira do incidente ou acidente (como queiram rotular). O desabastecimento de alimentos e água potável já é observado em Estreito e cidades vizinhas como Porto Franco e Imperatriz. Sem a ponte, a economia local logo, logo vai entrar em colapso. Mas isso não é nada, diante do sofrimento de famílias que perderam entes queridos na tragédia.
O depoimento de um caminhoneiro que está à procura da esposa, que também é condutora de caminhão e foi vítima da tragédia, mostra a dimensão da dor e do sentimento de revolta e desamparo diante da trágica situação.
Confira no vídeo.