PÓ E FULIGEM – Audiência Pública discute impacto de empresas mineradoras na qualidade do ar em São Luís

A Câmara Municipal de São Luís sediou audiência pública, proposta pelo vereador Marlon Botão (PSB),  para discutir a atuação de empresas mineradoras na capital e o reflexo destas atividades no ar e na vida das comunidades próximas. O evento foi motivado por denúncias de comunidades locais  sobre as condições do ar e a poluição atmosférica, com ênfase nas regiões Itaqui Bacanga, Gapara e adjacências.

Foto: Reprodução/CMSL

Na audiência, foi divulgado que levantamento de entidades locais apontam que a capital precisaria de pelo menos 36 pontos de monitoramento da qualidade do ar. Atualmente, há apenas seis. Também foi destacado que a Câmara destinou orçamento à Prefeitura para investir neste setor, mas que o Poder Executivo não tem apresentado ações nesse sentido. O vereador Marlon Botão declarou que há negligências das empresas e do poder público no que diz respeito ao tema.

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Marlon Botão frisou a importância do debate e da defesa e proteção às comunidades que sofrem com a má qualidade do ar. “Estamos aqui para ouvir a voz das comunidades que têm sofrido com a degradação do ar e ambiental. É fundamental que as organizações se responsabilizem por sua atividade e que haja iniciativas para que a qualidade do ar melhore. Precisamos de ações concretas para proteger a saúde dos cidadãos. Vidas têm sido ceifadas pela falta de controle do que entendemos como poluente do ar e por falta de políticas públicas efetivas deste controle de qualidade”, afirmou.

Rosemary da Conceição, líder comunitária da Comunidade Argola e Tambor, expressou a preocupação dos moradores da Cidade Nova, bairro Gapara. Ela declarou que o problema afeta plantações, como a juçara, prejudicada pelo pó da mineração; o lençol freático da área, que impacta mais de 400 famílias com desabastecimento; e ainda que exames laboratoriais  já confirmaram a contaminação da água.

“Estamos vivendo um verdadeiro caos. A poluição não só afeta nossa saúde, mas também a nossa qualidade de vida. Nossa comunidade é a que mais sofre com este problema. Precisamos que as autoridades ouçam nossas demandas e tomem medidas imediatas”, afirmou Rosemary, evidenciando o descontentamento da comunidade. Ela mencionou ainda as comunidades Primavera, Vila São João e Gapara entre as áreas afetadas pela poluição causada pela mineração.

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