O “PESO REAL” DA MOEDA – Desempenho do real frente ao dólar é pior até que o do peso argentino

Em 2024, o real registra o pior desempenho frente ao dólar, na comparação com moedas de 27 países. Até o fechamento do mercado nesta terça-feira (23/7), ele havia acumulado queda de 13,25%. No mesmo período, o peso argentino recuou 12,82% (e a Argentina tem inflação de 271,5% em 12 meses), a lira turca baixou 10,14% e o sol peruano caiu apenas 0,67%, segundo dados levantados pela consultoria Elos Ayla.

Foto: Reprodução/Metrópoles

Na avaliação do economista Márcio Holland, professor na Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EESP) e ex-secretário de Política Econômica no Ministério da Fazenda (2011-2014), a queda da moeda brasileira está associada a fatores externos e internos. Os externos, contudo, são comuns aos demais países. Por isso, ele atribui pelo menos dois terços da desvalorização do real a problemas locais.

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Nesse caso, observa o economista, o destaque vai para a questão fiscal, que trata da relação entre receitas e despesas da administração federal. “Tudo indica que o déficit primário zero vai ficar para o futuro e vamos ficar no limite mínimo do arcabouço”, diz Holland. “E o governo está achando que esse é um ótimo resultado”.

“Gastos continuam”

Para Emerson Vieira Junior, responsável pela mesa de câmbio da Convexa Investimentos, o governo diz que persegue o déficit zero, mas não é bem assim. “A arrecadação decepcionou e os gatos continuam altos”, afirma. “Vão ser necessários mais cortes. Se continuar nesse ritmo, o resultado fiscal vai ir além da margem inferior de 0,25%.”

As informações são do site Metrópoles.

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