Em dezembro de 2016, o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU), a Polícia Civil e o Ministério Público do Maranhão (MPMA) desencadearam a primeira etapa da Operação Cooperari. O objetivo foi desarticular uma organização criminosa que desviava recursos, inclusive do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), de prefeituras municipais maranhenses, por meio da contratação de cooperativas.
Agora, a Operação Cooperari deve avançar em outros municípios maranhenses onde uma suposta organização criminosa também movimentou recursos públicos, na ordem de R$ 230 milhões, por meio da contratação da Coopmar (Cooperativa Maranhense de Trabalho e Prestação de Serviços). Santa Helena, que na ocasião, era administrado pelo prefeito Dr. Lobato, é um dos municípios citados na referida operação, que teve sua segunda fase realizada em 2018.
De acordo com o publicado no ‘blog Atual7’, “O juiz Ronaldo Maciel, titular da 1ª Vara Criminal de São Luís, privativa para processamento e julgamento de crimes cometidos por estas organizações criminosas, há cerca de duas semanas, autorizou o compartilhamento de provas obtidas e produzidas no bojo da ação penal que tem como réus quase uma dezena de supostos envolvidos em assalto aos cofres públicos”.
Ainda segundo o portal, “Pela decisão, o material da ação penal resultante das duas primeiras operações da Cooperari será compartilhado com as promotorias de Justiça de Caxias, São José de Ribamar, Matinha, Coroatá (Termo judiciário de Peritoró), Viana, São Mateus, Grajaú, Rosário, Presidente Dutra, Timon, Santa Rita, Chapadinha, São Domingos, Santa Helena e Arari, para efeitos de responsabilização em improbidade administrativa e criminal de outros supostos envolvidos no esquema”.
Nestes municípios, a investigação aponta, por meio de contratos das administrações municipais com a Coopmar, que a suposta organização criminosa também teria operado e, possivelmente, desviado e lavado dinheiro. Sendo assim, presume-se que, pelo fato do esquema ter ocorrido na administração do ex-prefeito de Santa Helena, Dr. Lobato, o ex-gestor pode ser acusado por improbidade e ter sua prisão decretada pela Justiça.
A força-tarefa que descobriu o esquema é formada pela CGU (Controladoria-Geral da União), Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate a Organizações Criminosas), 1a Promotoria de Justiça de Paço do Lumiar e Seccor (Superintendência Estadual de Prevenção e Combate a Corrupção).
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