DO INTERIOR AO SUPERIOR – De como o ensino EAD transformou a vida da maranhense Andreia

Domingo, 27 de novembro é comemorado o Dia do EAD, formato de ensino que se popularizou durante e pós-pandemia

No próximo domingo, dia 27 de novembro, é comemorado o Dia Nacional da Educação a Distância, data proposta pela Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) em 2003. Os números mais recentes do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e do Ministério da Educação (MEC) apontam um crescimento de 428,2% no número de matrículas no formato entre 2010 e 2020, e 53,4% dos estudantes brasileiros estudam em um curso EAD.

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O ensino à distância é flexível, democrático e se encaixa na rotina corrida da vida atual, características que contribuem para que cada vez mais estudantes busquem uma oportunidade no ensino superior. Uma dessas brasileiras é a maranhense Andreia Lima de Araújo, de 31 anos, que realizou o sonho do diploma. Ela se formou em Recursos Humanos em um curso a distância, e hoje está em sua segunda graduação, desta vez presencial, em Psicologia.

Natural de Campestre do Maranhão, uma pequena cidade de pouco mais de 14 mil habitantes no interior do estado, ela é filha de mãe solteira, de uma família de quatro filhos, criados com muita dificuldade pela matriarca.

“Eu ficava olhando aquilo, e mesmo criança, eu não queria me limitar àquela escassez. Quando eu tinha 12 anos, uma tia nos visitou e me convidou para morar em Imperatriz, eu pedi à minha mãe e ela deixou, pois eu queria estudar e mudar de vida”.

Ela diz que sentiu muita falta da família, mas com o foco em terminar os estudos básicos e buscar novas oportunidades, morando na segunda maior cidade do estado (atrás apenas da capital, São Luís), conseguiu um emprego na Faculdade Anhanguera: começou entregando panfletos e foi subindo de cargos na instituição de ensino – hoje está no terceiro setor dentro da organização. Foi na faculdade que ela ganhou a bolsa de estudos que mudou a sua vida. Hoje, Andreia mora só e é uma mulher independente. Ela credita tudo que conquistou às oportunidades que teve.

“Eu venho de um lugar de muita dificuldade. Muitas pessoas não acreditaram em mim, mas eu acreditei, porque eu sabia aonde eu queria chegar. Foi um processo doloroso em que eu precisei passar por muita coisa, mas hoje eu me sinto realizada”.

Mas como a marcha do conhecimento não para, ela afirma que seu filho Arthur Henrique Lima Ribeiro, de 9 anos de idade, é sua grande inspiração para o novo sonho de sua trajetória pessoal e profissional: terminar a graduação em Psicologia (hoje ela está no terceiro semestre) e abrir seu próprio consultório para ajudar seus futuros pacientes a lidarem com as próprias emoções.

“Eu fui mãe solteira e o Arthur veio em um momento de grande dificuldade, em que não tive apoio. É ele quem me incentiva a correr atrás dos meus sonhos e não desistir, para lá na frente compensar o esforço”.

Andreia afirma que não há desculpa para não estudar, pois com o EAD, dá para acompanhar as aulas de qualquer lugar. Por isso, sempre que pode, ela incentiva todos ao seu redor a também buscar conhecimento, desde a família e colegas de trabalho, até os vizinhos de seu condomínio.

A irmã dela, por exemplo, a via estudando, perguntava como era estudar online, e elas conseguiram comprar um notebook para que a irmã também pudesse estudar – atualmente está quase se formando em um curso EAD. Todos os colegas de trabalho de Andreia também foram incentivados e se matricularam em cursos EAD.

“O mercado de trabalho exige o conhecimento, que é a chave de tudo”, finaliza a futura psicóloga.

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