BARRAGEM DO BACANGA – O Itaqui aparece, o “Anjo” cresce, o povo padece e o acesso rodoviário ao Centro permanece único

Às vésperas de atingir 50 anos de sua completa conclusão, a Barragem do Bacanga ainda continua sendo o único acesso rodoviário entre a região central de São Luís e a área Itaqui-Bacanga. Apesar de inúmeras promessas feitas em palanques eleitorais, ao longo do tempo, a construção de  pontes para facilitar o trânsito entre esses dois importantes pontos da capital maranhense nunca saiu do discurso.

Vista aérea de parte da Barragem do Bacanga (Foto: Reprodução/internet)

Nesse meio século, a velha, acanhada e popular Barragem do Bacanga permanece firme, servindo de caminho para estudantes, trabalhadores, empresários, profissionais liberais e ambulantes, assim como para o transporte de cargas. O mesmo corredor viário, que vez por outra, é interditado como forma das pessoas se manifestarem em busca de benefícios para as dezenas de comunidades encravadas “do outro lado da barragem”, inclusive a classe universitária.

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Enquanto isso, o Complexo Portuário do Itaqui aparece para o mundo, o Anjo da Guarda e suas “comunidades satélites” crescem, o povo padece no sobe desce e a antiga barragem continua sendo o único acesso rodoviário entre a região central de São Luís e a área Itaqui-Bacanga.

Sobre a Barragem do Bacanga

A Barragem do Bacanga teve sua construção iniciada em 1968 e seu projeto executivo foi realizado pela Sondotécnica entre 1966 e 1967. Os principais objetivos da construção da barragem foram a ligação rodoviária entre São Luís e o Porto de Itaqui, reduzindo a distância de 36 km para 9 km; promover o saneamento de áreas a montante do barramento, através da criação da represa que submergeria os manguezais e lodo existentes, os quais eram descobertos nos períodos de baixamar; favorecer a ocupação imobiliária, decorrente do crescimento da cidade, para o estabelecimento de novas áreas urbanas formadas desde que os níveis de maré, após a construção da barragem, não atingiriam mais aquelas cotas de inundação.

As obras de construção da barragem foram iniciadas em 1968, sofrendo várias paralisações até ser concluída em 1973. Durante a elaboração, existiu um grande interesse na implantação de um aproveitamento energético das marés. Em 1968, foi sugerida ao governo do Estado do Maranhão a implantação de uma usina maremotriz utilizando a infraestrutura a ser construída. Entretanto, até hoje não há geração de energia, em virtude de diversas circunstâncias que aconteceram desde a época da construção da barragem. Os equipamentos necessários à geração de energia não foram instalados. (Fonte IBGE)

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