A base de sustentação da campanha eleitoral de Flávio Dino em 2014 para governador foi o discuso de “libertar o Maranhão de meio século sob o domínio do grupo político liderado por José Sarney”. Esse argumento foi primordial para a vitória da “chamada oposição” contra quem estava à época, no executivo estadual, no caso, a governadora Roseana Sarney e sua tropa.
Após o resultado vitorioso de Flávio Dino nas urnas as coisas começaram a mudar. Muitos dos integrantes da “equipe roseanista”, ao perceberem que a “barca da oligarquia” estava naufragando, pularam para a nau comandada por Dino, que se reelegeu com facilidade governador em 2018. Entre os sobreviventes do “naufrágio oligárquico”, exemplificam-se Luis Fernando Silva, Gastão Vieira, Simplício Araújo e temais personalidades da política partidária maranhense que faziam juras de amor e fidelidade ao grupo sarneyzista.
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O tempo passou, a mídia institucional do governo ensaiou travar o conglomerado de comunicação dos Sarney, mas a propaganda governista acabou sendo ampliada para as torres e antenas do sistema midiático do referido grupo, e os discursos e linhagem passaram a ser feitos de forma bilateral. Por outro lado, quase que no mesmo tempo, o deputado estadual Adriano Sarney (PV), sobrinho de Roseana, político da chamada “nova geração”, iniciou seu processo de aproximação ao grupo de Dino, quando abdicou da marca Sarney em sua nomenclatura política.
Mesmo assim as costuras para o novo look chamado “sarnodinista” entraram no ateliê da política, na medida em que os discursos do passado se transformaram em elogios e galanteios ao atual governo. A “tomada de benção” de Flávio Dino ao experiente José Sarney, considerado a maior expressão viva da política nacional, era o que faltava acontecer e aconteceu há cerca de dois anos. Foi o que deveria se chamar de “todos e tudo pelo Maranhão”.
Novos encontros e conversas salutares entre ambos os lados viraram rotina, mesmo lembrando que até 2014, a ideia era “proclamar a república do Maranhão”. Atualmente, a robustez midiática segue de forma firme e forte, sem direito a qualquer tipo de crítica ao “agente financiador”…
Apesar de todo esforço, percebendo a fragilidade do vice Carlos Brandão, seu pré-candidato a governador em 2022, Flávio Dino passou a adotar o “estilo” nome de equipes de sala de aula do antigo primário em grupo escolar. “Unidos Venceremos” e a “União faz a força” passaram a ser a filosofia de vida do governo dinista e assim, nada como reforçar o diálogo com integrantes do ainda grupo Sarney.
Na quinta-feira passada, para o “encontro jantarado” promovido por Carlos Brandão visando reforçar o seu projeto como pré-candidato ao governo no ano que vem, convites foram feitos e entregues a torto e a direito. Estrategicamente, Dino não compareceu ao evento, talvez pra não provocar um “forçamento de barra”. Na ocasião, Adriano Sarney (com nome de fantasia mesmo), declarou em alto e bom som o seu apoio incondicional, bem como do PV à pré-candidatura de Brandão. Era tudo o que todos os presentes e muitos ausentes queriam ouvir…
Como dizem alguns analistas, “na política, o discurso de guerra do passado pode virar no presente a mensagem de aliança para o futuro”. Que o diga Geraldo Alckmin sobre sua oratória no pretérito com relação ao seu, agora, “cumpanheiro” Lula!
Na minha avaliação, dino esta fazendo com bradao oque Roseana fez com lobão, alguem tem mais prestigios ai nesse ponto , mais a familia sarney esta desacreditada , la se vai Brandão embora do palacio , porque meu voto ele não teras mais.