Estou agora, aqui na Feira da Macaúba, no Caminho da Boiada, região central de São Luís e me deparei com um ex-vendedor de “cuscuz Ideal”. Ele contou-me que já não se vende mais como antes, essa iguaria à base de milho ou de arroz. “A concorrência aumentou e a tradição diminuiu”, resumiu o idoso, tirando um boné desbotado e coçando a cabeça.

Imagem ilustrativa – Reprodução
E é verdade! Nossos produtos regionais saíram da esteira da produção e do consumo. Aliás, não somente os produtos, mas principalmente as nossas indústrias. E isso acontece desde o antigo “parque fabril”, espaço de produção situado entre os bairros Ivar Saldanha, João Paulo, Jordoa, Filipinho e Outeiro da Cruz, até o “bancarrotado” Distrito Industrial de São Luís, que virou um “cemitério” de galpões abandonados.
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Desde 2015, quando Flávio Dino assimiu o cargo de governador do Maranhão, raríssimos empreendedores fabris ousaram se instalar em terras maranhenses. A falta de incentivos fiscais e a alta carga tributária contribuíram para essa “evasão”, bem como a falência de algumas outras poucas unidades industriais que no passado, se instalaram na “Ilha do Maranhão”, como o estudioso Jadson Pires chama o arquipélago de Upaon-Açu.
As chaminés já não expelem mais a fumaça oriunda das caldeiras… Não existe mais novas unidades fabris em São Luís. Mesmo assim, o secretário de Estado da Indústria e Comércio, Simplício Araújo, ainda tem a ousadia de querer colocar o seu nome como “produto” made in Maranhão para governar o Estado… Haja refugos e avarias…
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