Há tempos que o “peso” de nomes vem servindo de trampolim para a cadeia sucessora no campo da política. Gerações dão continuidade a determinados grupos utilizando o nome do “cacique” para fins de permanência no poder em municípios e estados deste Brasil afora. Na Bahia, por exemplo, ACM Neto herdou as três letras iniciais do seu avô Antonio Carlos Magalhães. Em Minas Gerais, Aécio aplicou o ‘Neves’ do avô Tancredo, considerado por alguns, o mártir da Nova República.

Rubens Junior e Duarte Junior supostos pré-candidatos à sucessão de Edivaldo Junior

Nos estados de Alagoas, Pernambuco, Paraná, São Paulo, Pará, Piauí, Maranhão entre outros, essa linha sucessora também obedece o ritual de manter o nome ou sobrenome de avô, pai, filho e neto, geração após geração. Aqui, José Sarney é o exemplo vivo dessa cultura, com o irmão Ivan Sarney, a Filha Roseana, o rebento Sarney Filho (Zequinha) e seu neto Adriano Sarney que, recentemente, abdicou da nomenclatura ‘Sarney’.

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Fora deste contexto está o governador do Maranhão Flávio Dino, que apesar de ter seu pai Sálvio Dino como uma emblemática figura da política maranhense no passado, é desconhecido que ele já tenha um sucessor com vínculo familiar.  Mas para substituir o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior, o chefe do executivo estadual tem ao seu dispor, um verdadeiro batalhão formado por parlamentares da nova safra da política local e quase todos eles carregam os agnomes ‘Neto’; ‘Filho’ ou ‘Junior’.

Neste ‘esquadrão jovial’, estão relacionados como eventuais ou já definidos  pré-candidatos a prefeito de São Luís em 2020, os deputados estaduais Neto Evangelista (DEM); e Duarte Junior; o secretário e deputado federal licenciado Rubens Pereira Junior; o presidente da Câmara de Vereadores de São Luís Osmar Filho, além do “xodó ludovicense”, que apesar de não assinar ‘Neto’;  ‘Filho’ ou ‘Júnior’, carrega o nome de dois ‘discípulos/apóstolos’ que ajudaram a escrever o Novo Testamento. Este também pode contribuir com a escritura do futuro político da ‘capital de todos os maranhenses’.