A greve dos trabalhadores do sistema rodoviário de transportes continua em São Luís. Após um dia de negociações e reuniões, a categoria não chegou a um acordo e a greve chega ao 6º dia.
Co-vereadores do Coletivo Nós (PT) repercutiram o assunto nas redes sociais, destacando como a paralisação tem afetado a rotina de trabalhadores em toda a cidade. Os parlamentares também criticaram a gestão municipal na condução das negociações.
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Em seu perfil no Twitter, o co-vereador Jhonatan Soares pontuou o que considera um despreparo do prefeito Eduardo Braide (Podemos) diante da situação e questionou: “quando o transporte público vai voltar a circular pela cidade?”.
Para a co-vereadora Eunice Che, é inadmissível que 70% da população esteja sendo prejudicada com a falta de transporte pelo que ela considerou uma inabilidade da gestão municipal. “A greve dos rodoviários não é meramente uma situação qualquer. A categoria luta pelo reajuste salarial de 13%, cujo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (SET) não quer acordo e o que oferecem é um desrespeito para com os trabalhadores e afeta diretamente a economia da nossa cidade”, afirmou.
A parlamentar também destacou que é preciso avançar nas discussões para que a concessão do auxílio-creche para as crianças pequenas das trabalhadoras também seja garantida, e, assim, elas possam trabalhar de forma tranquila prestando um serviço com mais qualidade aos usuários desses serviços.
“Somos das periferias de São Luís e conhecemos essa realidade bem de perto. Vale lembrar ainda que a maioria dos coletivos de São Luís já não possui mais trocador e estão sem os ar condicionados, o que afeta diretamente a dignidade humana”, destacou.
REIVINDICAÇÕES
A categoria pediu um reajuste de 13%, mas a proposta oferecida foi de reajuste de 2%, o que foi rejeitado. Além do reajuste no salário, o sindicato reivindica uma jornada de trabalho de seis horas, tíquete de alimentação no valor de R$ 800,00, manutenção do plano de saúde e a inclusão de um dependente e a concessão do auxílio-creche, para trabalhadores com filhos pequenos.
Os trabalhadores, que foram sobrecarregados e expostos ao coronavírus com o advento da pandemia, tiveram perda no poder de compra, em função das flutuações inflacionárias dos últimos anos.