Uma cena inusitada registrada no Povoado Cavaleiro, zona rural do município de Cajari, na Baixada Maranhense, repercutiu nas redes sociais. Moradores, revoltados com tanto descaso da atual gestão municipal, decidiram agir com as próprias mãos e, em regime de mutirão, taparam uma enorme cratera que impedia o trânsito de veículos na principal via de acesso à comunidade. Depois os moradores foram cantar o “parabéns” e cortar o bolo de aniversário em homenagem ao “não benquisto” buraco.
Não é de hoje que boa parte da população de Cajari, distante 200Km de São Luís, reclama da falta de infraestrutura tanto na sede, quanto na zona rural´do município. Ruas intransitáveis, praças tomadas pelo lixo, mato, muitas delas sem iluminação adequada, são alguns dos efeitos colaterais causados pela péssima gestão da prefeita Camyla Jansen (PSDB). E não é por falta de eleitores que a atual gestora tem se rotulada como campeã de impopularidade pelo povo cajariense.
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Sim, porque informações dão conta que o município de Cajari estaria sofrendo de um notório “inchaço eleitoral”. Com pouco mais de de 18.500 habitantes, o município tem 13.949 eleitores cadastrados como votantes em 2016, o que representa 74,39% da população. Tanto é assim, que uma revisão eleitoral foi requerida junto ao TRE-MA.
Consta no teor destas mesmas informações, que muitos moradores do município de Coroatá, terra da atual prefeita Camyla, bem como de de Pio XII, reduto do ex-prefeito Joel Dourado, cidades localizadas léguas de distância de Cajari, estariam comparecendo ao município em dias de eleição. De acordo com a fonte, mesmo sem qualquer vínculo com Cajari, essas pessoas teriam adquirido certidões no Cartório de Registro Civil da vizinha cidade de Viana, atestando residirem em Cajari, para assim, poderem assegurar o direito de votar no município. E essa prática, pelo visto, pode caracterizar como burlo à justiça.
Por este motivo, diretórios de diversos partidos políticos de Cajari estarão ingressando na segunda-feira (25) na Justiça com pedindo de revisão eleitoral do município, assim como denunciarão a suposta prática irregular adotada pelo referido cartório de Viana. O pedido será protocolado no Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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