SERIA ESTA A SOLUÇÃO? – Lideranças comunitárias procuram deputados pela defesa da criação de municípios

Lideranças comunitárias e políticas de dois distritos de Codó, cidade distante 306 Km da capital maranhense, foram pedir apoio ao deputado estadual Adelmo Soares (PCdoB), no sentido de que ele defenda o desmembramento geográfico e a criação de dois novos municípios em terras codoenses. Eles estiveram no início semana na sede da Assembleia Legislativa solicitando suporte parlamentar na defesa da emancipação política de Cajazeiras e Quilômetro 17,  este último, localizado às margens da rodovia BR-316, na estrada de acesso à sede de Codó, cuja maior referência é uma fábrica de cimento quase desativada.

Deputado Dr. Yglésio exibe aos colegas de parlamento requerimento pela emancipação política de Independência, com milhares de assinaturas de moradores (Foto Internet)

Também seguiu esse mesmo rumo, o deputado estadual Dr.Yglésio (PDT), que recebeu uma comissão de representantes do Povoado Independência. O grupo esteve na sede do Legislativo Maranhense, com um requerimento contendo milhares de assinaturas, cujo teor busca o fortalecimento da ideia de desmembrar Independência do município de Peritoró, que tornou-se conhecido apenas por ser um ponto de parada obrigatória e de dormitório para viajantes, por está encravado no entroncamento das rodovias BR-135 e BR-316. Não custa lembrar que Peritoró foi “parido” pelo “município mãe” Coroatá, em novembro de 1994.

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Aliás, somente em 1994, 81 novos municípios foram criados no Maranhão, sendo que quatro destes estão no ranking das trinta cidades brasileiras com pior Índice de Desenvolvimento Humano – IDH. São estes os municípios: Satubinha; Jenipapo dos Vieiras, Marajá do Sena e Fernando Falcão. Portanto, uma prova plausível de que a emancipação política, não necessariamente, é a melhor solução.

Por fim, pode-se dizer que a criação ou emancipação de municípios, ao contrário do pensamento de alguns, tem servido apenas para a estruturação  de “currais eleitorais” ou área de domínio de determinado “cacique político”. Além do mais, esse método de transformar áreas rurais em “centros urbanos” provoca vultosas despesas com a implantação dos poderes municipais constituídos e em diversos casos, ainda fomenta a corrupção. No quesito viabilidade econômica para a criação de novas cidades, o conceito é “Insuficiente”, visto que as políticas sociais não conseguem modificar o triste cenário de pobreza extrema que assola boa parte destas regiões. Basta dizer que nos “novos” municípios maranhenses, uma expressiva parcela da população, ainda tem como principal fonte de sustento o programa social ‘Bolsa Família’.

 

 

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