O programa social ‘Minha Casa, Minha Vida’ criado pelo Governo Federal para solucionar o déficit habitacional no país, também tem seus efeitos colaterais. Na cidade de São Luís, por exemplo, milhares destas moradias em formato de casas e apartamentos, por falta de espaço, deixaram de ser construídas na área urbana e enveredaram para a zona rural do município.
Assim, grandes núcleos habitacionais, com uma infinidade destes imóveis, foram erguidos em áreas onde estão localizadas comunidades formadas por produtores agrícolas e pescadores. Na região do Maracanã, Vila Maranhão, Ribeira, Tajipuru e Mato Grosso, por exemplo, imensas áreas verdes deram lugar a condomínios com precária infraestrutura.
A falta ou carência de escolas, creches, postos de saúde, acessos, segurança e transporte públicos nestes locais estão provocando um grave problema social para quem já povoava a região e para a grande massa populacional que vem ocupando estas novas moradias. Soma-se a estes transtornos, gravíssimos problemas ambientais devido ao desmatamento das áreas, assim como a carência de saneamento básico como coleta sistemática de lixo doméstico, além do tratamento e destinação do esgotamento sanitário.
Diante de tanto descaso, nascentes de rios e riachos, assim como áreas de manguezais estão sendo contaminadas pelo despejo de esgoto in natura em seus leitos. Desta forma, pode-se sugerir que os estudos sobre os impactos ambientais e sociais feitos pelos agentes financiadores e gestores destas obras sociais, antes do início das construções residenciais, no mínimo foram feitos à distância ou por quem de fato, priorizou a “disciplina” Economia em vez da Ecologia. Com a palavra, a Caixa Econômica Federal, a Prefeitura de São Luís e órgãos fiscalizadores…
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