A exceção de associações da classe bancária como AABB, APCEF e BASA, que continuam promovendo suas festas carnavalescas, em São Luís já não são mais realizados bailes, vesperais e matinais em salões de clubes sociais. No máximo, uma festa temática ao período de carnaval no Iate Clube e talvez, em associação ou união de moradores de algum bairro da capital maranhense.
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Fachada da Sede Esportiva do Grêmio Lítero Recreativo Português no Bairro do Anil (Foto Internet)
No entanto, é bom que se diga que até meados da década de 1990 era comum os principais clubes sociais de São Luís disponibilizarem rica programação carnavalesca nos quatro ou mais dias do “reinado de momo”. O movimento nos salões era grande diante de uma legião de foliões que circulava, pulava e dançava ao ritmo de marchinhas carnavalescas e sambas de enredo “puxados” por grupos musicais como Nonato & Seu Conjunto, Os Fantoches, Reprise, O Peso ou Banda Voo Livre.
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Grêmio Lítero Recreativo Português e Clube Recreativo Jaguarema, no bairro do Anil, eram os principais destinos desse frenético público. Tinha ainda como alternativa festiva, o Casino Maranhense, no Centro da cidade e o movimentado Araçagy Praia Clube, com seu pomposo e atraente parque aquático, no bairro do mesmo nome.
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Legenda: Movimentadas festas carnavalescas nos clubes sociais de São Luís (Foto Internet)
Os mais antigos devem lembrar do Califórnia Clube de Campo situado na Estrada de Ribamar, já próximo da “Cidade Balneária”. Era lá que se dava o pontapé inicial para o tradicional Carnaval do Lava Pratos de São José de Ribamar.
Não se deve esquecer de citar a movimentação carnavalesca daquela bela época, em bairros populares da capital maranhense, fomentada pela realização de bailes e vesperais. Clubão da Cohab (antiga AMCCA), UBRA no Anil, URBV no Bairro de Fátima, Clube Quilombo no São Francisco, Associação Renascença no bairro homônimo, Associação dos Moradores da Cohama, AABEM na Forquilha, Clube Palmeirinha na Aurora, Clube Montese no João Paulo, Clube Estrela no São Cristóvão e União dos Moradores da Areinha eram alguns desses espaços onde a folia carnavalesca imperava.
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Fachada da Sede Esportiva do Clube Recreativo Jaguarema no Anil (Foto Internet).
Enfim, o tempo passou, costumes e tradições mudaram e o ritmo da batida agora é outro. Desses antigos pontos de entretenimento e lazer restaram lembranças e dos seus salões apenas ruínas, tal qual a tradição do hoje minguado “carnaval de clube”.
Como diz o samba enredo da União da Ilha do Governador (1988), em homenagem ao sambista e radialista mineiro Ary Barroso, “Saudade só deixou saudade…“
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