SERIA “BONDE” MAIS… – Os modais de transporte que não deram certo em São Luís: VLT, BRT e agora o UBER de Braide

Durante a campanha eleitoral para prefeito em 2012, o então gestor de São Luís João Castelo (em saudosa memória) apresentou o projeto Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que deveria transportar passageiros do Centro da cidade ao São Cristóvão fazendo o caminho inverso. O lançamento do novo modal aconteceu no Aterro do Bancaga, onde trilhos do trem permanecem fincados até hoje, numa viagem entre o Bar Kanal, passando pela Choperia Kabão com parada no Bar Marujo.

BRT e VLT não operaram em São Luís (Foto: Reprodução)

Na época, o Jornal Extra com toda sua  irreverência editorial, publicou em destaque de capa: Castelo lança um puta trem! – Vai ligar o Kabão ao Marujo com passagem no Porto da Gabi. Os motivos da manchete dispensam comentários…

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Tudo não saiu do Aterro do Bacanga, pois a esperada reeleição do prefeito Castelo não aconteceu e o VLT foi guardado por seu sucessor Edivaldo Holanda Júnior, onde permanece até hoje.

VLT lançado em 2012 está armazenado em um galpão no São Cristóvão (Foto Reprodução)

BRT

Em dezembro de 2016 foi a vez do ex-governador  Flávio Dino, atual ministro do STF, anunciar a implantação do BRT (Bus Rapid Transit ou Transporte Rápido por Ônibus). Na época, esse novo e ágil modal foi considerado o principal trunfo da recém-criada Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB).

Era o que poderia existir de mais moderno na Grande Ilha, no quesito modalidade, pois iria interligar os municípios de São Luís, São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar. Com investimento de 140 milhões, as obras de implantação do BRT também foi considerada a maior obra de mobilidade urbana e semiurbana do Estado do Maranhão.

Modelo do que seria o modal BRT, na Estrada do Araçagy (Reprodução – MOB)

Foram consumidos além da cifra acima, tubos de dinheiro público em um projeto que não saiu do papel e ainda fez muitos comerciantes instalados na Estrada do Araçagy fecharem as portas, devido a demora de conclusão das obras e a incompreensível geometria da “nova” rodovia estadual naquela região da Ilha.

Viagens por aplicativos

Na segunda-feira feira (17), o prefeito de São Luís, Eduardo Braide divulgou nas redes sociais, uma alternativa incomum para os usuários de onibus seguirem seus destinos. Seria uma resposta imediata à população ludovicense, por conta da greve de rodoviários que, segundo ele disse, é uma manifestação fomentada pelos empresários do setor de transporte coletivo.

Acontece que se passaram quatro dias e a chamada “viagens por aplicativos” ainda não está funcionando devido sua complexidade e eventual inviabilidade. Parece que dessa vez, Braide caiu da rede e do conceito social.

Enquanto isso, além dos ônibus que integram o Transporte Metropolitano na Ilha de São Luís, seguem circulando a todo vapor, os “carrinhos lotação” e o transporte alternativo. Além de táxis, mototáxis e transporte convencional por aplicativos.

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