ARTIGO
*Simplício Araújo
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Ao assumir a Secretaria de Indústria, Comércio e Energia em 2015, busquei focar todos os meus esforços na geração de empregos e renda no Maranhão, por meio de uma relação republicana com a classe empresarial, diálogos com entidades e todos os setores da economia do estado, independentemente do tamanho ou da movimentação financeira.
Com o apoio completo do governador Flávio Dino, por meio do Conselho Empresarial e de conselhos internos de governo para aumentar a produção, o emprego e a renda, realizamos estudos, debatemos problemas e gargalos que travavam os caminhos para o desenvolvimento do Maranhão e fechamos 2022, último ano da minha gestão na Seinc, com 45 mil novos postos de trabalho, um recorde dos últimos 10 anos.
Após minha saída, em 2023, o número de empregos caiu para 20 mil, e fechamos 2024 com exatos 16.327 novos empregos.
Nem na pandemia, quando envidamos todos os esforços possíveis para manter negócios e empregos, tivemos um resultado tão ruim.
Em 2020, mantivemos os empregos existentes e abrimos 23.447 novas vagas; em 2021, quase dobramos o número do ano anterior, chegando a 40.605 novos empregos no Maranhão.
Na minha opinião, são vários fatores que influenciam na degradação dos empregos em nosso estado, mas eu apontaria pelo menos três com impacto significativo: 1) a grande parcela de empreendedores endividados, negativados e sem acesso a crédito para capital de giro ou ampliação de seus negócios; 2) o represamento de incentivos fiscais, que causa graves consequências, pois o empresário refaz seus planos de negócio e a conta acaba sendo creditada aos empregos; e 3) a grande complexidade ou dificuldade para emissão de licenças ambientais, este último não restrito ao âmbito do governo do estado, mas muitas vezes pessimamente gerido por municípios que criam dificuldades para empreendedores, o que afeta o acesso ao crédito e, fundamentalmente, a geração de novos empregos.
Na Seinc, eu dedicava mais de 80% (oitenta por cento) do meu tempo dialogando com empreendedores e com colegas servidores públicos estaduais e municipais, destravando o caminho para o aumento do emprego e da renda para os trabalhadores e empresários maranhenses.
2025 ainda tem 11 meses pela frente. Dá para fazer muito. Basta querer!
Torço pela rápida recuperação desses importantes postos de trabalho. Nossa população precisa!
*É empresário, ex-secretário de Estado e ex-deputado federal
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