O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está correndo atrás do prejuízo. O presidente já se reuniu três vezes este ano com o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias. A pauta é a agenda de 2025 dos programas sociais. Lula já vinha sentindo, e pesquisas como a Quaest divulgada esta semana confirmaram que a imagem de Pai dos pobres está em risco, e seu eleitorado fiel está, ainda que lentamente, afastando-se do governo. Agora, quer estar em todos os momentos importantes que envolvam programas e políticas sociais.
Lula encomendou a Dias o mesmo que pediu a Paulo Teixeira e Carlos Fávaro: projetos que ajudem a reverter a alta de preços de alimentos no país, um dos gargalos que têm minado sua taxa de aprovação.
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O ministro da Secom, Sidônio Palmeira, também já está afinando a comunicação com a assessoria de Dias para colocar em prática a ideia de gerar agenda positiva centrada na figura do presidente. É a ideia de ter Lula como motor de conteúdo do governo. O ministro se reuniu ontem com a comunicação do Ministério do Desenvolvimento Social.
Sidônio explicou que quer Lula à frente dos eventos da pasta e de mais dois ministérios: Educação e Saúde.
Divulgada na segunda-feira, a pesquisa Quaest mostrou ao governo a urgência dessa estratégia. Lula perdeu espaço em terrenos que lhe garantiram a vitória em 2022: entre as mulheres, os mais pobres e os eleitores do Nordeste. Líderes da região, como a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, têm cobrado maior presença do petista, agora que ele está liberado pelos médicos para fazer viagens.
Os seguidos encontros de Lula com Wellington Dias deram à equipe do ministro uma sensação de segurança. Desde 2023, corre na Esplanada que o presidente acha o ministro um tanto apagado para uma pasta que tem tanta relevância para o petista. Com a proximidade da reforma ministerial, a boataria cresce, principalmente porque o PT paulista está insatisfeito com o tamanho de sua presença no governo. O fogo amigo nunca acaba.
(Do site IstoÉ)
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