As condições em que os primeiros brasileiros deportados dos Estados Unidos na era Trump chegaram ao Brasil — algemados e sem alimentação — desagradaram o governo brasileiro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), então, se reuniu com ministros para discutir a questão, mas na resposta optou pelo pragmatismo. O tom das críticas aos norte-americanos foi suave e indicou vontade de negociar.
Embora tenha condenado as condições em que os deportados foram transportados, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, descartou o envio de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para buscar futuros deportados por Trump. “Essa é uma questão do governo americano que tem que mandar os brasileiros”, disse o chanceler em coletiva de imprensa, nessa terça-feira (28).
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Vieira, entretanto, afirmou que o governo não admitirá o uso de algemas nos deportados no solo do Brasil e disse que há acordos anteriores, de 2018 e 2021, que trataram e regulamentaram parte dessas operações. “Essa operação foi trágica justamente por uma questão de um defeito no avião”, destacou, ao se referir ao voo que chegou a Manaus na última semana e virou problema.
O governo federal também anunciou que vai abrir posto de acolhimento aos brasileiros deportados dos Estados Unidos no Aeroporto Internacional Belo Horizonte (Confins).
A resposta do Itamaraty tenta contornar a situação e não comprometer a relação entre os dois países. Recentemente, a resposta do governo de Donald Trump à reação da Colômbia deu a tônica do que a administração dos EUA está disposta a fazer contra os países que contrariam sua política migratória.
Com informações do site Metrópoles.
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