Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foram a público nesta sexta-feira, 29, sinalizar favoravelmente ao pacote de corte de gastos anunciado pelo governo.
Mas as lideranças buscaram separá-lo da proposta de isenção de imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais mensais, apontada por agentes do mercado financeiro como responsável pela queda nas cotações dos ativos brasileiros após o anúncio das medidas.
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Em uma ação coordenada, informada ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na véspera, de acordo com uma fonte, Lira e Pacheco exaltaram a importância das medidas fiscais e também enfatizaram que o debate da isenção do IR não será feita agora no Parlamento e sua aprovação está condicionada à existência de espaço fiscal.
“Reafirmo o compromisso inabalável da Câmara dos Deputados com o arcabouço fiscal. Toda medida de corte de gastos que se faça necessária para o ajuste das contas públicas contará com todo esforço, celeridade e boa vontade da Casa, que está disposta a contribuir e aprimorar”, disse Lira em publicação no X.
Pacheco divulgou nota em que aponta a importância de o Congresso apoiar as medidas fiscais do governo e também afirma que a discussão da isenção do IR não é para agora e depende das condições fiscais do país.
“É importante que o Congresso apoie as medidas de controle, governança, conformidade e corte de gastos, ainda que não sejam muito simpáticas. Inclusive outras podem ser pensadas, pois esse pacote deve ser visto como o início de uma jornada de responsabilidade fiscal”, afirmou o presidente do Senado.
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