A diferença comportamental é grande entre o antes, pertencer a uma importante pasta do Executivo, gozando de grande prestígio com seu chefe imediato, e o agora, ser um parlamentar rotulado como oposição ao atual governo. É dessa forma que o deputado estadual Carlos Lula (PSB) está sendo rotulando perante a opinião pública.
Basta tomar como parâmetro, as críticas que Carlos Lula fez ontem sobre aprovação da PL N° 477/2024, que reduz a alíquota do ICMS sobre a cesta básica maranhense. Confira:
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Agora
O deputado estadual Carlos Lula (PSB) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (26), para criticar o aumento da alíquota do ICMS no Maranhão, que passou de 22% para 23%. O parlamentar alertou para os impactos negativos que a medida trará, destacando que a população e o setor produtivo serão os mais prejudicados. Ele também classificou como “cortina de fumaça” a redução do ICMS sobre a cesta básica, anunciada pelo governo como compensação.
Carlos Lula comentou o discurso oficial que tenta justificar o aumento. Segundo ele, a redução de 10% para 8% na alíquota sobre a cesta básica não compensa os impactos do aumento da alíquota modal.
“Dizer que abaixou a alíquota da cesta básica é só uma cortina de fumaça. Enquanto o governo abre mão de R$ 50 milhões com essa redução, ele arrecadará R$ 360 milhões a mais com o aumento do ICMS. É uma conta simples: quem perde é o maranhense” afirmou.
Antes
No entanto, quando estava à frente da Secretaria de Estado da Saúde (SES), no governo Flávio Dino, Carlos Lula foi o mais fervoroso e ferrenho apoiador dos aumentos de alíquota do ICMS. O titular da SES, na ocasião, usou suas redes sociais para justificar a tese, inclusive narrando o “lado bom” dos aumentos tributários.
Somente para lembrar, foram três aumentos consecutivos de ICMS no Maranhão. Ao fim daquele governo, a alíquota modal era de 28,5%, com um acréscimo decorrente de contribuição ao Fundo Maranhense de Combate à Pobreza (Fumacop) – o que levava o tributo à casa dos 30%.
Na época, Carlos Lula, de pé, aplaudia cada aprovação dos aumentos. Hoje silencia sobre o fato.