O colinense Carlos Orleans Brandão Junior, formado em Medicina Veterinária, nos tempos de academia, soube lidar com animais nas aulas práticas da Universidade Estadual do Maranhão (Uema). Mas nada suficiente para conviver com as feras da política partidária durante os sete longos anos do governo Flávio Dino, ocasião em que foi vice-governador e aliado de todas as horas.
É de conhecimento público que como vice, Carlos Brandão não desfrutava dos principais assentos posicionados à mesa de mármore carrara instalada no salão de reuniões do Palácio dos Leões. Aliás, comenta-se que por vezes, o veterinário sertanejo chegou a tomar “chá de cadeira” esperando ser recebido pelo chefe maior.
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Como um bom cabrito que não berra, Brandão seguiu o adágio e silenciou ao longo dos anos, limitou suas aparições somente no exercício do cargo imediatamente superior e só. É até sugestivo dizer que quase sempre “cedia” a sua vez para os auxiliares camaradas, vistos como prioritários na ocasião de seus interesses.
Acontece que o tempo passou, e mesmo com uns querendo ou não, Brandão foi eleito legitimamente governador do Maranhão em 2022 e segue firme no cargo. Os tempos são outros e agora quem tem a agenda é o chefe do Executivo.
Os mesmos “furadores de fila” do passado, atualmente devem aguardar a chamada por ordem de chegada e de prioridade. Por isso, esses mesmos “uns” ficam vermelhos de raiva, chegam a espernear e até entregar suas pastas.
Diante da situação deve-se enfatizar que o veterinário Carlos Brandão pode até não ser domador de feras, mas sabe muito bem como conviver com eventuais ataques, inclusive os traiçoeiros. O tempo o ensinou!