A noite deste sábado (14) foi bastante especial para o editor desse Blog Hora Extra. Participar do concorrido lançamento do livro ‘O órfão e o jornalista‘ do saudoso comunicador Djalma Rodrigues, além de honra e homenagem à sua memória, me proporcionou rever colegas da imprensa, principalmente os da chamada “velha guarda” do jornalismo maranhense. E para evitar qualquer lapso, melhor será não citar nomes…
…Mas, pensando bem, dessa eclética, inteligente e eficiente classe de escribas presentes na Livraria e Espaço Cultural AMEI, em evento tão marcante, é de bom alvitre abrir exceção para escrever e descrever sobre um único jornalista: Wady Hadad Neto e os justos motivos estão infra citados.
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Sabe-se que o jornalismo impresso maranhense atingiu seu apogeu durante as décadas de 1980 e 1990 com o surgimento de aguerridos jornais diários, marcas que até hoje são referência na história da imprensa local. Entre esses matutinos, destaque para o Diário do Norte, que chegou com uma proposta inovadora e dinâmica para os conceitos e tecnologia da época.
Com um moderno parque gráfico instalado, primeiramente, na Avenida Santos Dumont, no Tirirical e depois transferido para a Rua Afonso Pena, esquina com Jacinto Maia, no Centro Histórico de São Luís, o Diário do Norte se apresentou ao público leitor com capa em policromia, preenchida com inteligentes manchetes, sempre destacando assuntos ligados à política, polícia, esporte e cotidiano.
A linha editorial do bem lido matutino, na ocasião, estava sob a batuta do jovem, porém experiente jornalista Wady Hadad Neto, recém-chegado do Sul do país para encarar esse novo desafio na cidade de São Luís. E foi justamente Wady quem abriu as portas do mundo da comunicação impressa para este editor do Blog Hora Extra, que naquela bela época já sentia correr em suas veias o dom e a paixão pela escrita.
Tanto é assim, que em certa tarde do mês de julho de 1986, com algumas charges traçadas em folhas de papel vegetal à base de tinta nanquim, em punho, este à época, dublê de jornalista Walkir Marinho foi recebido por Wady Hadad na sede do Diário do Norte. Além da preciosa atenção, de pronto, o diretor de redação do conceituado jornal, pegou uma das charges e levou para ser inserida na página 2 (Opinião) da edição que iria circular no dia seguinte. (O desenho tratava das minúsculas casas entregues pelo governo na Cidade Operária, onde integrantes da família discutiam a vez de cada um morar).
A partir de então, as charges assinadas por Walkir Marinho passaram a ocupar espaço ao lado do editorial do Diário do Norte. Meses depois, no entanto, a diretoria do matutino contratou o desenhista profissional Tadeu Lima para traçar com mais perfeição as charges do impresso.
Mas é bom reforçar e sempre dizer que foi Wady Hadad Neto, quem primeiro apostou neste hoje profissional de comunicação, que mais adiante, em 27 de junho de 2004, em parceria com o também jornalista Nelson Nogueira, fundou o irreverente Jornal Extra.
Portanto, agradecimentos sinceros e sempre ao Wady Hadad Neto, que continua esbanjando simpatia, talento e atenção às pessoas, apostando em profissionais em potencial!
Quem sabe um dia, em um desses www.comunicacao da vida, Wady, Walkir e outro W unam suas letras iniciais para levar notícias ao World Wide Web ou “aportuguesado”, Rede de Alcance Mundial?!