(Assecom – Gab. deputado Yglesio Moyses)
O deputado estadual Yglésio Moyses (PRTB) protagonizou um discurso contendente e direcionado aos políticos comunistas maranhenses na sessão plenária desta quinta-feira (15). Ele enfatizou a postura de colegas de plenário que se mostraram incomodados com sua denúncia relativa ao possível envolvimento de ministros do Supremo Tribunal Federal com a ‘Operação 18 Minutos’, da Polícia Federal, que investiga crimes cometidos por desembargadores, juízes e advogados, suspeitos de fraudar decisões judiciais para desviar recursos no Maranhão.
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“Esses que se dizem comunistas não têm condições morais de cobrar coerência, pois não estiveram sempre nas mesmas trincheiras. Eles já tiveram opiniões contrárias ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eu amadureci, eles retrocederam, pois quem caminha em direção à esquerda sempre retrocede”, frisou Yglésio Moyses.
Com um discurso firme e contextualizado, o parlamentar criticou a lógica do comunismo, ressaltando que os políticos comunistas não almejam um país que gera riquezas, mas um Brasil de miseráveis para serem beneficiados por programas federais como o Bolsa Família.
“Simplesmente para ter a barriga como instrumento de dominação. Todos que me ouvem sabem que é verdade o que eu estou falando. Eu sempre direi a verdade e não tenho medo de dizê-la, apesar das ameaças que já sofri e de ter sido obrigado a usar colete de proteção. Vivo sob escolta policial, porque já sofri atentados e ameaças até do Bonde dos 40”, disse o deputado.
Yglésio aproveitou a oportunidade para reafirmar seu compromisso com a sociedade e, também, com aqueles que o elegeram, dando-lhe a oportunidade de legislar em favor do povo. Ele foi enfático ao dizer que não está na Assembleia Legislativa do Maranhão para fazer o que todos já fizeram ou fazem, ou seja, para ser apenas mais um.
“Eu vim para ser o melhor para a sociedade. Sou aquele que diz o que precisa ser dito e aqui estou para trazer uma reflexão e lutar para que as pessoas acordem. Essa minha postura, claro, incomoda muita gente e faz com que muitos se mostrem como meus inimigos. Mas é exatamente o que o centralismo democrático comunista prediz, prevê e preconiza, ou seja, ‘a ordem veio de cima, cumpra ou você é adversário do sistema’, criticou.
Yglésio disse, ainda, que tem a consciência de que muitos se decepcionam com ele simplesmente pelo fato de querer buscar a verdade e de lutar contra o que está errado, sem papas na língua. “Eles se decepcionam comigo porque eu falo do líder deles, do único capaz de ajudá-los no próximo processo eleitoral para que continuem aqui, já que do governo eles sabem que não terão absolutamente nada. Eles estão aqui fazendo o papel deles e já têm o meu perdão”, disse.
Referindo-se diretamente ao deputado Carlos Lula (PSB), que prometeu encaminhar à Polícia Federal uma denúncia contra ele, Yglésio pediu que o documento tivesse a assinatura do parlamentar e não da Casa Legislativa. “Não peça à Presidência da Casa para atuar contra um deputado. Faça você mesmo”, disse.
O deputado também respondeu a indiretas do deputado Carlos Lula a sua condição de saúde, pois da tribuna Lula sugeriu que ele tomasse remédios tarja preta. “O sentido do discurso foi esse: que uma pessoa não é capaz de falar por sua cabeça coisas que ele não quer ouvir, se não tiver sob efeito de remédios. Solidarizo-me com você, que toma aí a sua fluoxetina, a sua sertralina. Que tem tanto problema que precisa de um clonazepam para dormir. Eu me solidarizo com você, que é uma pessoa normal, que enfrenta os problemas do dia a dia”, disse.
Yglésio disse que, ainda que fosse um paciente de psicólogo, teria todos os motivos para buscar ser melhor. “Diferente de V. Exa., que se supera a cada dia, defendendo o indefensável, subvertendo a vocação jurídica que tinha para se transformar em um subserviente político, contumaz, um armador de tramoias, de conluios contra o governo, contra a Presidência desta Casa”, finalizou, referindo-se ao deputado Carlos Lula.