Engana-se quem pensa que a história do Grêmio Lítero Recreativo Português chegou ao fim entre os escombros de um imóvel abandonado no bairro do Anil. Deve-se dizer que, apesar de não ser mais palco dos grandes acontecimentos sociais, políticos e esportivos do Maranhão, o clube fundado por empresários portugueses no dia 6 de agosto de 1931, ainda tem um pequeno espaço, em um prédio colonial situado na Rua do Sol (Praça João Lisboa), no Centro de São Luís, onde tudo começou há exatos 93 anos.
No entanto, é bom que se esclareça que a casa, parcialmente fechada para a realização de eventos, esbarrou nos novos hábitos da sociedade ludovicense e em um acentuado problema de ordem financeira. Mas seus diretores e conselheiros seguem, pelo menos formalmente, mantendo o Lítero de pé.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Sua grandiosa sede esportiva e social erguida na década de 1950 no Anil foi desativada em meados de 2009 para em seguida ser negociada sob forma de leilão, após aprovação em Assembleia Estatutária do clube. À época, foi adquirido um valioso imóvel localizado no bairro Araçagy, nas imediações da Praia do Meio para a construção de uma nova sede mais compacta, porém otimizada e funcional para a atual realidade.
Lamentavelmente, o projeto não foi adiante por questões burocráticas, escassez de recursos e até mesmo por falta de visão empreendedora de parte da Diretoria e dos Conselhos da agremiação. Na ocasião, optou-se, paralelamente, pela reforma e adequação da sede social na região central da capital maranhense, que ainda pulsou por alguns anos com a realização de eventos, desde a pomposa festa de reinauguração do Salão Carlos Ramos Amorim, até as badaladas e movimentadas noites de samba & pagode no aconchegante espaço.
Mais uma vez, “o freio de mão foi puxado”… O restante da história precisa ser contado em uma outra publicação.
No mais, só as lembranças de um tempo áureo em que a sociedade maranhense dispunha de um dos mais completos e confortáveis espaços para esporte, lazer, entretenimento e glamour. Velhos tempos que não voltam mais!