DE REMÉDIO A VENENO – Gutemberg Araújo alerta para o uso e abuso da internet por jovens e crianças

A utilização diária da internet foi tema de fala do vereador Gutemberg Araújo (PSC), durante sessão desta terça-feira (21), na Câmara Municipal de São Luís. Citando caso envolvendo um jovem e uma menina de 12 anos, que foi trazida do Rio de Janeiro para São Luís. O parlamentar apresentou proposta de sua autoria, que trata desse uso por crianças e adolescentes. Ele enfatizou que, para essa questão, é importante o envolvimento familiar.

Vereador Dr. Gutemberg Araújo

“A diferença do remédio para o veneno é a dose, exclusivamente, a dose. E a da internet é justamente isso. Ela é o que a gente faz dela. Podemos transformá-la em um grande remédio, algo que seja útil para a gente, ou em algo extremamente maléfico”, pontuou, referindo à situação de caso do jovem que trouxe uma menina de 12 anos do Rio de Janeiro para São Luís. Os dois iniciaram conversas por meio da rede social Tik-Tok.

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“A internet é fundamental para a vida de todos nós, mas a família e Deus são superiores a todas essas coisas”, enfatizou.

Gutemberg Araújo ressaltou projeto seu que cria a Semana Municipal de Conscientização sobre o Uso da Internet em São Luís. Citou que, no Brasil, somaram 56 mil casos de estupros em mulheres e crianças, em 2021. Desse total, 61.13% foram contra menores de 14 anos, o classificado estupro de vulnerável – qualquer tipo de conjunção carnal ou qualquer ato libidinoso feito a menor de 14 anos, independentemente de seu consentimento. “É crime. O que ocorreu nesse caso, em São Luís, é estupro de vulnerável”, sentenciou.

“É algo inadmissível e temos que fazer alguma coisa. No projeto, chamamos atenção para o tempo diário que uma criança passa na internet e quais os cuidados que a família deve ter com a criança e o adolescente. Uma pessoa que passa muito tempo em seu quarto, na internet, temos que investigar. Há ferramentas de compartilhamento para que pais e mães saibam o que seus filhos estão vendo, que jogos estão acessando e com quem conversam”, exemplificou.

Encerrando sua fala, relatou ter sido vítima de um golpe cibernético. Durante uma reunião, ele recebeu mensagem que seria de seu filho, que faz doutorado no exterior, na qual solicitava dinheiro para pagamento de uma conta. “Fiquei extremamente preocupado. Vi o quantitativo que ele queria e fiz a transferência. Após, ele mandou nova mensagem dizendo que o valor era maior. Só após, vi que a conta não era comercial, que a foto não era do meu filho e que eu deveria ter ligado para a mãe dele. Tomei as providências. Saibam, o banco tem responsabilidade sobre isso e pode devolver o valor. Fiz um boletim de ocorrência e entrei em contato com o banco”, contou.

Na sessão, ele agradeceu ao chefe do Departamento de Combate a Crimes Tecnológicos, órgão da Superintendência Especial de Investigação Criminal (Seic), da Polícia Civil, Guilherme Luiz Campelo, que “foi muito solidário com este caso”. E conclui, dizendo que, “os bancos foram acionados e, quando comprovado que se tratou de golpe, o valor deve ser ressarcido”.

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