No apagar das luzes de seu mandato como governador, Flávio Dino “inaugurou” o Hospital da Ilha, rotulado como de urgência e emergência, dotado de grande estrutura e equipado com tecnologia de ponta. Há quase dois meses aberta ao público, não se observa tanta movimentação de ambulâncias nesta gigantesca casa de saúde localizada do bairro do Turu, em São Luís.
É estranho, porque a ideia seria desafogar os sacrificados hospitais Djalma Marques e Clementino Moura, os chamados Socorrões 1 e 2 da rede municipal de saúde da capital maranhense. Mais estranho ainda é vê que os portões do Hospital da Ilha, permanecem quase sempre fechados, com monitores de segurança sempre “filtrando” o acesso de pessoas ao local.
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Por outro lado, o atual governo estadual alardeia de forma ampla e abrangente, a volta dos festejos juninos no Maranhão. A ideia é fazer este ano o maior São João do Brasil, tanto na riqueza da programação e na beleza inconfundível da decoração, quanto no tempo de festança. São 60 dias de festividades “maínas”, juninas e “julhinas” pra ninguém botar defeito e claro, tudo com um robusto plano de mídia em níveis local e nacional. É claro que tudo deve estar de acordo com as “previsões orçamentárias” do Executivo…
Mesmo assim, enquanto os tambores são aquecidos na Ilha, muitos pacientes são esquecidos em demoradas filas com agendamentos médicos a perder de vista. Portanto, a pergunta que não quer e não deve calar é a seguinte: por que querer fazer o maior São João e não a melhor saúde pública do Brasil?
P.S. Para qualquer gestor público, principalmente de um Estado pobre como o Maranhão, o melhor seria ter o nome vinculado com saúde pública de qualidade do que como fazedor de festa temporária. Mas…
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