Em novembro do ano passado, o governador Flávio Dino, numa “conversa ao vivo” no telejornal noturno da TV Mirante, retirou a máscara do rosto para conversar com a repórter que fazia externa direto dos jardins do Palácio dos Leões. Seria um momento para reflexão à liberdade e ao conforto quanto ao uso do acessório de proteção contra a Covid-19. Mais cedo, Dino já havia anunciado de forma oficial, a flexibilização de máscaras em locais públicos e abertos em todo território maranhense.
A empolgação por causa do relaxamento desta medida preventiva defendida por autoridades sanitárias, tomou conta de grande parte da população. Muitos passaram a usar máscaras somente em situações mais extremas e o “liberou geral” acabou dando uma sensação falsa de segurança, sobretudo, que o fim da pandemia da Covid-19 era apenas uma questão de tempo.
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Acontece que dezembro estava na “boca da espirradeira”, recheado de férias escolares, festas de confraternização, grande movimentação no comércio, encontros natalinos e claro, o réveillon. Dezembro, culturalmente, também é considerado o início do período chuvoso e com ele, surtos gripais e doenças respiratórias, bastante comuns nesta época do ano.
Infelizmente, desde o início de janeiro a população maranhense passou a conviver com um surto de gripe. Para complicar ainda mais a situação, está havendo um aumento no número de casos da Covid-19 no Maranhão, no Brasil e no mundo. O próprio governador Flávio Dino e alguns membros de sua equipe de governo testaram positivo para a doença, e por graça divina, apresentaram apenas sintomas leves.
Diante das circunstâncias, restou a Dino, por meio de Decreto, retornar a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais públicos em todo o estado. Uma decisão bem pensada, mas que pode custar bem “maiscara” para a popularidade do governador.