O programa Hora Extra, apresentado por este jornalista aos domingos, na Rádio Educadora AM 560KHz, promoveu na manhã de ontem, dia 17, mais uma edição especial na qual o público ouvinte é o entrevistado. Desta vez foram convidados para dividir a bancada do estúdio Maristoteny Balby e Fabrício Bruno, ambos moradores do Cohatrac, que, de forma brilhante discorreram sobre o bairro, mostrando mazelas e benefícios existentes nesta importante comunidade da Ilha de São Luís.
Considerado um dos mais importantes e promissores núcleos residenciais e comerciais da capital maranhense, o bairro cujo nome faz referência à antiga Cooperativa Habitacional dos Trabalhadores no Comércio (Cohatrac), como não poderia deixar de ser, possui suas demandas, mas também é contemplado com uma robusta presença do poder público. São escolas e postos de saúde das redes estadual e municipal, serviço satisfatório de limpeza, iluminação e segurança públicas e saneamento básico compatível, além de uma abrangente frota de ônibus que serve moradores e visitantes para os mais variados destinos de São Luís.
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Vale destacar que mesmo não sendo “cortado” por movimentados corredores viários, o Cohatrac recebe grande carga de visitantes que seguem diariamente ao bairro para trabalhar em setores importantes como o comércio e prestação de serviços. Esse volume de visitas aumenta ainda mais durante o mês de outubro, quando a comunidade católica celebra o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, padroeira do bairro. Os evangélicos também promovem anualmente, no mês de novembro, o projeto ‘Impacto – curas e milagres’, evento esse, lembrado pelo ouvinte Clóvis Costa, bancário e morador do Novo Cohatrac. O encontro religioso reúne multidões de fiéis numa área verde do Cohatrac 4, porém não foi realizado em 2020 por causa da pandemia da Covid-19.
Para o propagandista da área farmacêutica Maristoteny Balby, morador do Conjunto Itaguará 1, localizado neste conglomerado urbano, o Cohatrac é o que se pode chamar de bairro com vida própria. “Nosso Cohatrac é servido de um tudo! Duas grandes lojas do supermercado Mateus, duas da Fribal, agências lotéricas, casas de saúde e escolas públicas e particulares, clínicas odontológicas, um amplo e variado comércio com lojas onde se pode encontrar eletrodomésticos, eletrônicos, confecções, calçados, além de bares, mercearias, frutarias, mercadinhos e claro, um shopping center que oferece tudo o que precisamos. A gente só sai daqui se for, literalmente, a ‘passeio'”, pontuou Balby.
Já o comerciante Fabrício Bruno, um dos mais assíduos ouvintes de rádio de São Luís, reforçou a infraestrutura disponível no Cohatrac, especialmente, na área de materiais de construção, setor que ele bem conhece a atua. Bruno, porém, lamentou a falta de compromisso e sensibilidade por parte da diretoria do Banco do Brasil que fechou a agência bancária do bairro. “Não consigo entender qual foi o critério adotado para tamanho golpe dado pelo Banco do Brasil em moradores e comerciantes do Cohatrac! Agora, todos nós moradores, inclusive idosos, temos que nos deslocar para a conturbada e desconfortável agência do BB da Cohab”.
Com cerca de 80 mil moradores, o Cohatrac com seus 41 anos de fundação tem como vizinho o populoso e movimentado bairro da Cohab. Longe de ocupações irregulares o Cohatrac também faz fronteira com o Área de Preservação Ambiental (APA) Itapiracó e com a Trizidela da Maioba, já do outro lado. É justamente nesta parte do bairro, nas imediações da Estrada da Maioba (rodovia MA-202), que demandas estruturais são mais evidentes.
É nesta região onde estão situados os conjuntos Itaguará, Alvorada, Jardim Araçagy (1, 2 e 3), Cohatrac V e Világio que moradores reclamam da falta de assistência por parte da Prefeitura de São José de Ribamar. Falta de saneamento básico e ruas esburacadas são as principais queixas de quem reside no local. “No Itaguará, o prefeito de Ribamar Dr. Julinho, eleito com nosso voto, agora usa de dois pesos e duas medidas com a população. Nas ruas da Vila Militar tudo é bem cuidado, inclusive a operação tapa-buracos funciona pra valer. Já na Avenida D, a buraqueira é geral e a situação só não está pior, porque, nós moradores, arrumamos a via com entulhos e cascalhos”, desabafou Maristoteny Balby.
Fabrício Bruno, que mora no Cohatrac 2 desde 1983, lembrou que no início tudo era muito difícil. Não havia água, nem asfalto e muito menos transporte público. “Hoje o Cohatrac é uma outra realidade, o bairro ganhou recentemente asfalto novo em suas ruas e avenidas, além de diversas praças e academias ao ar livre. Foi na gestão do ex-prefeito Edivaldo Junior! Agora é a vez da população cuidar, zelar e conservar bem desses espaços e equipamentos públicos”, disse Bruno.
SOBRE O PROJETO – O programa Hora Extra iniciou o projeto “Ouvindo o Ouvinte” em setembro, com a participação do ouvinte José Ribamar Júnior, morador do Vinhais e que na ocasião, falou nos estúdios da Educadora sobre o seu bairro. Em novembro, o Hora Extra Especial vai tratar sobre o Monte Castelo e estarão participando dois ouvintes do programa que residem no antigo Bairro Areial, situado na região central de São Luís, entre a Liberdade, a Fé em Deus e o Retiro Natal.
muito boas as observações feitas no curso do programa deste dia 17/10 /021