Este ano de 2021, por ocasião de uma acertada determinação governamental, estão suspensos qualquer tipo de manifestação carnavalesca, tanto em locais públicos, quanto em recintos privados para evitar aglomerações. A medida faz parte do plano de contingência de combate à pandemia da Covid-19 que tem ceifado vidas, e agora, com aumento significativo do número de casos confirmados da doença no Maranhão.
Em meio ao silêncio dos tambores, pandeiros, instrumentos de sopro e foliões, comuns nesta época do ano no Centro Histórico de São Luís, estão centenas de pessoas que tiram o sustento de suas famílias com o serviço de venda ambulante de alimentos e bebidas. Em qualquer ponto onde acontecia um evento de carnaval, lá estava o vendedor com a sua caixa térmica ou de isopor cheia de cervejas, refrigerante ou água mineral. Isso sem contar com as bancas onde comercializam-se os mais variados lanches e tira-gostos, além de adereços e apetrechos temáticos ao período momesco.
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Trata-se de um grande problema de ordem social e econômica que vem tirando o sono de milhares maranhenses desde o início da pandemia. E agora, de forma mais acentuada e abrangente, pois a temporada carnavalesca, para essas pessoas é sinônimo de rentabilidade, tanto em São Luís, como nas cidades do interior do estado onde o carnaval de rua é referência popular.
Bom seria se esses integrantes do mercado informal que, de uma maneira ou de outra, incrementam o comércio, tivessem um benefício extra do governo estadual para amenizar sua situação orçamentária. Afinal de contas, antes do leque desses produtos chegar ao consumidor, existe toda uma logística que vem desde a fabricação, passando pela distribuição até chegar a esta “peça-chave” que é o vendedor ambulante. E tudo isso é sinônimo de incremento em todos os setores da economia local.