Nunca foi segredo pra ninguém que o senador Weverton Rocha (PDT) e o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL), mesmo integrando o grupão político liderado pelo governador Flávio Dino (PCdoB), são como água e óleo: seguem juntos, mas não se misturam. Tudo porque ambos deverão travar em 2022, uma batalha à parte por mais poder politico e isso, já reflete em fissuras no relacionamento entre essas duas lideranças.
Agora em 2020, Weverton e Josimar, a princípio, lançaram pré-candidatos a prefeito de São Luís, por suas respectivas legendas. Pelo PDT, o nome do vereador Osmar Filho não deslanchou interna e muito menos externamente e sua pré-candidatura ao cargo foi abortada. Josimar, por sua vez, lançou a esposa e deputada estadual Detinha como nome que deveria disputar a prefeitura da capital pelo PL, mas sentindo o peso de uma campanha numa cidade do porte de São Luís, o dono da sigla desistiu do seu projeto.
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Diante do primeiro quadro, Weverton Rocha optou pelo nome do pré-candidato Neto Evangelista (DEM), integrante do consórcio político do governador. Indo mais além, o senador pedetista foi se aliar com o MDB de Roseana Sarney, Roberto Costa e João Alberto, adversários emblemáticos do seu saudoso padrinho politico Jackson Lago e por conveniência, rivais de Flávio Dino. Essa parceria com o MDB pode causar um efeito colateral enorme ao nome de Neto, principalmente pela resistência de clássicos do PDT e por boa parte do eleitorado ludovicense que não comunga dessa união.
Josimar de Maranhãozinho, com o quadro em seu desfavor, preferiu dar suporte ao deputado estadual e pré-candidato a prefeito de São Luís, Duarte Júnior (Republicanos), considerado por muitos, o ‘suprassumo’ da nova safra de políticos e para outros tantos, visto como um intragável ‘bombom de alho’. Convém dizer que essa aliança não foi bem vista por analistas políticos. Alguns experts no assunto interpretam que Duarte poderia seguir outro rumo, pois a força popular de Josimar está bem distante do arquipélago. Assim, o pré-candidato estaria trocando seis por meia dúzia.
Portanto, com estas duas fusões, confusões se formaram dentro do chamado consórcio governista. Isso pode, como ponto positivo até vitaminar a pré-candidatura de Rubens Júnior (PCdoB), mas sobretudo, poderá deixar a situação do pré-candidato a prefeito Eduardo Braide (Podemos), mais confortável, inclusive em condições de liquidar a fatura logo no primeiro turno.