O Sistema Único de Saúde (SUS) criou 22,8 mil leitos de internação durante a pandemia da covid-19, alcançando um total de 317.070, segundo levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM). Esses espaços são usados por pacientes que, embora precisem ficar por mais de 24 horas em um hospital, ainda não exigem cuidados de UTI.
Trata-se do primeiro ano de expansão da rede de atendimento, desde 2011. No entanto, como o Ministério da Saúde tem feito o custeio provisório dos leitos, que são instalados em hospitais de campanha, por exemplo, a expectativa do conselho é de fechamento destes espaços no futuro.
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De 2011 até janeiro deste ano, o SUS perdeu 41 mil leitos de internação. Apenas a região Sudeste desativou 25 mil leitos nesse período, o que representa 19% do total que havia na região. Para Donizetti Giamberardino, 1.º vice-presidente do CFM, locais que já estavam desassistidos antes da pandemia devem tentar manter ativos os leitos criados nos últimos meses. “Seja com governo federal, estadual ou municipal financiando. Mas, principalmente, pela União, que tem mais recursos”, disse.
Segundo o levantamento, que usa dados do Ministério da Saúde até junho, os Estados de menor população tiveram maior salto porcentual de leitos neste ano. Em Roraima, por exemplo, a rede pública passou de 1.064 para 1.439 leitos, um aumento de 35%.
Em números absolutos, os Estados que mais habilitaram leitos de internação na pandemia foram São Paulo (5.354), sendo quase 1.800 novos apenas na capital, Pernambuco (2.697), e Minas Gerais (2.525). São Paulo é o epicentro da pandemia do novo coronavírus no País. (Portal Terra)