O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será adiado, segundo decisão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela prova, e do Ministério da Educação (MEC).
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Em nota divulgada nesta quarta-feira (20/05), o Inep apontou que a decisão ocorre em meio “às demandas da sociedade e às manifestações do Poder Legislativo em função do impacto da pandemia do coronavírus”. Segundo o Inep, o exame será adiado “de 30 a 60 dias em relação ao que foi previsto nos editais”.
A data original do exame estava prevista para novembro, e a prova deve agora ocorrer em dezembro ou janeiro.
Em média, 5 milhões de candidatos participam do Enem a cada ano. Segundo o MEC, mais de 4 milhões já fizeram a inscrição para este ano. O prazo vai até 22 de maio.
A decisão pelo adiamento ocorre em meio à pressão de setores da sociedade civil, em especial entidades que representam estudantes, que vinham pedindo a escolha de uma nova data por causa da pandemia de coronavírus. Entre os argumentos está o de que muitos estudantes que ficaram sem aulas não têm condições de manter os estudos durante a pandemia ou nem sequer tem meios para estudar à distância.
Nesta terça-feira o Senado já havia aprovado o adiamento do Enem para depois da conclusão do ano letivo – apenas o senador Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro votou contra. Secretários estaduais de Educação do país também vinham pressionando pelo adiamento.
Nesta quarta-feira, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, também sugeriu em suas redes sociais que o exame fosse adiado em 30 a 60 dias.
Anteriormente, Weintraub vinha resistindo em adiar o Enem, chegando a afirmar que “partidecos de esquerda” vinham agindo para que o exame não fosse realizado. Sobre os problemas enfrentados por vários estudantes, ele chegou afirmar na semana passada que o exame “não é para atender injustiças sociais, é para selecionar os melhores”.
(Portal DW Brasil)
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