BLOCO NA RUA – Pré-candidatos “pegam carona” do carnaval e fazem propaganda eleitoral de fora de época

No passado, quando mais branda, a chamada ‘Lei Eleitoral’ permitia que  candidatos a cargos eletivos divulgassem seus nome e número em camisas que eram distribuídas e usadas até mesmo no dia da eleição. Após essa “freada” na propaganda eleitoral que proibiu a  exibição desses dados e até mesmo de fotos dos candidatos em camisas e bonés, alguns marqueteiros perderam noites de sono, buscando outras alternativas para popularizar seus “clientes”.

Abadá carnavalesco: espaço garantido para divulgar marcas e nomes (Reprodução)

A proibição deste tipo de propaganda eleitoral também serviu para inibir o abuso de poder econômico por parte de grupos políticos. Vale dizer que essa prática publicitária sempre teve maior conotação em pequenas cidades brasileiras, em que eleitores seguiam para as cabinas de votação devidamente ultrajados com essas vestimentas, servindo assim, de garoto propaganda para candidatos. Em alguns casos, a “camisa-brinde” era usada durante boa parte do ano.

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Logo em seguida, a epidemia de festas e blocos carnavalescos despertou na classe política, uma oportunidade de terem seus nomes divulgados de forma abrangente, nessa que é a maior festa popular do Brasil. Assim, ficou comum nos abadás de diversos blocos, a citação de nomes de políticos, assim como de outros postulantes a cargos eletivos, como “apoiadores”  ou “padrinhos” de eventos e de brincadeiras  da temporada carnavalesca.

Mas nada que, a princípio, infrinja as regras eleitorais vigentes, afinal de contas, tudo é carnaval! Mesmo que a tática seja recheada de abuso de poder econômico…

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