O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira que o governo ainda estuda dar um aumento real, acima da inflação, ao salário mínimo de 2020. Essa decisão será tomada até o dia 31 deste mês, afirmou o ministro. O Congresso aprovou na terça-feira um salário de R$ 1.031. Esse valor, porém, será maior por conta do crescimento da inflação.
Guedes afirmou ainda que o governo não irá propor uma política de longo prazo para o mínimo nacional, como vinha ocorrendo nos últimos anos. Com isso, o salário mínimo será definido anualmente.
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— Tenho que manter o poder de compra do salário. O poder de compra será preservado — disse Guedes, acrescentando: — A gente ainda está considerando (dar aumento real).
Para isso, será preciso encontrar espaço dentro do Orçamento. Para cada 1% de aumento real, o governo estima um gasto extra de R$ 4 bilhões a 5 bilhões. Isso ocorre porque a maior parte das despesas previdenciárias e de benefícios sociais são indexadas ao mínimo nacional. Mais de 65% dos benefícios pagos pelo INSS possuem o valor de um salário mínimo, o que representa um contingente de 22,9 milhões de pessoas.
Por outro lado, o governo não vai estabelecer política para o salário mínimo. A fórmula anterior de cálculo do reajuste foi fixada em 2007 e leva em conta o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes mais a inflação do ano anterior, medida pelo INPC.
(Fonte O Globo)