ARTIGO – Reencontro Marista – (Por Carlos Nina*)

O Colégio Marista está promovendo um encontro de ex-alunos. Bela iniciativa da Instituição para ex-alunos que poderão festejar a alegria do reencontro, revivendo juntos os bons momentos com colegas e amigos que o tempo/espaço afastaram.

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São boas lembranças, mesmo havendo momentos que à época pareciam difíceis. O Marista, em São Luís, naquele imponente prédio da Rua Grande, a uma quadra da Praça Deodoro, foi um templo sagrado para todos que ali estudamos.

Quando vemos hoje a calamidade que se abateu sobre o País e temos ciência de que não há saída para nenhuma nação senão pela educação, preocupamo-nos com o que está sendo imposto às gerações do presente.

A culpa é de todos nós, como coletividade, porque assistimos passivamente o processo de degradação que se instalou no setor da educação, onde ilhas de resistência procuram preservar valores morais de decência, ensino com conteúdo informativo o mais isento possível, sem doutrinação ideológica.

Com certeza não tem sido fácil porque as gerações contaminadas pela inversão dos valores têm sido torpedeadas para servir como fator de desagregação familiar, não raro com a conivência da estupidez de pais que não aceitam que seus filhos sejam disciplinados e investem ferozmente contra escolas e professores que nada mais estão tentando fazer do que corrigir a falta de educação, de respeito e de conduta social de crianças. Os pais são os primeiros a dar os maus exemplos. Desde coisas simples, como a educação no trânsito, à porta das escolas, até o apoio a filhos agressivos e que se divertem fazendo bullying com colegas indefesos.

Daí a saudade dos rigores da disciplina que tínhamos no Marista e que contribuiu para nossa formação moral, cultural e religiosa.

Foi um privilégio termos dirigentes no Marista como Irmãos Gilberto e Raimundo Lobato. E professores educadores como Irmãos Pio Jerônimo, Luciano, Lourenço, Anselmo Horn, Eduardo, Hipólito, Leão. E os não religiosos, como Ezelberto Martins, Muniz, Kalil Mohana, Assis, depois um querido contemporâneo na magistratura, dentre tantos outros cujos nomes a memória escondeu, mas suas imagens estão em nossa mente e seus ensinamentos constituem a única riqueza que ninguém nos tirará.

Outras vezes escrevi sobre Marcelino Champagnat, o francês que criou a irmandade há 202 anos para educar crianças. Agora registro apenas os mestres que transitavam nos corredores da escola, de um lado as salas, do outro o peitoril que dava para a quadra de cimento, onde havia, fincados, dois postes para espiribol.

Graças ao WhatsApp, muitos daqueles cujo contato tínhamos perdido foram reencontrados e pudemos, então, nos dar o prazer do congraçamento.

Com essa confraternização ora promovida pelo Colégio Marista, a escola há de aproveitá-la para ouvir críticas, sugestões, experiências que podem contribuir para torna-la cada vez melhor, atendendo ao comando que cantávamos no pátio, entoando os hinos Nacional, do Maranhão e do Marista: “Avante, marchemos pela conquista, do saber do sublime ideal. Por Deus, pela Pátria, por Maria. Sempre trabalhar. Lutar e vencer.”

Se falhamos em nossa jornada, não podemos culpar nossa escola. Ela nos deu o que tinha de melhor.

(* Ex-aluno Marista)

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