NOVO ESTADO – Imperatriz não será a capital se o Maranhão for “rachado” ao meio

Em sendo aprovado a realização do plebiscito e depois, o mesmo seja referendado pelo voto popular, para a criação do intragável e descabido estado do Maranhão do Sul, fruto do Projeto de Decreto Legislativo Nº 509/2019, de autoria do senador “estrangeiro” Siqueira Campos (DEM), do Tocantins,  se preparem todos para ver dois “Maranhões” quebrados política e economicamente.

Quebrarão por dois motivos óbvios: excesso de despesas e falta de receitas. Isso é fato porque, fazer, parir e criar uma unidade da Federação não é tão barato assim. Os gastos começam desde a realização do plebiscito e vão até a montagem da máquina administrativa estatal, passando pela construção da capital do estado e por aí vão-se rios de dinheiro público, repassado pelo Governo Federal para cobrir tantas despesas.

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Vista aérea da cidade de Imperatriz: futura ‘capital provisória’ do ‘Maranhão do Sul’ (Foto Aquafoto)

A redução da receita vinda de impostos,  devido a divisão territorial, vai acabar asfixiando um dos lados. E, seguramente, será o “lado-mãe” que continuará, por um bom período, absorvendo todos os custos com serviços essenciais, órgãos e funcionalismo públicos, mesmo tendo sua arrecadação reduzida drasticamente. Neste caso, o “Maranhão do Norte” será o sacrificado.

Para piorar a situação, no caso do ‘Maranhão do Sul’, engana-se quem pensa que a capital será Imperatriz. No máximo, a ‘Princesa do Tocantins’ vai ser uma ‘capital provisória’ até que seja construído um novo “centro administrativo”. Um renomado professor universitário que bem conhece a Região Tocantina, garante que Imperatriz não tem mais por onde crescer geograficamente, em condições de ceder espaço suficiente para a construção de uma nova estrutura pública que irá  atender as demandas do novo estado. Muito embora, os  imperatrizenses  não queiram nem ouvir falar de ter outra capital.

Para reforçar a tese defendida pelo professor, o estado do Tocantins, após sua criação, teve provisoriamente Miracema do Norte como capital, até a construção da cidade administrativa de Palmas, portanto, com o Maranhão do Sul não será diferente. E tem outro detalhe: o estado do Tocantins, concebido da região norte de Goiás, ainda continua engatinhando financeiramente e sobrevivendo, graças aos repasses de recursos federais.

Ora, se a divisão de Goiás, que é considerado um estado rico, resultou no surgimento de uma nova unidade federativa pobre economicamente, como é o caso do Tocantins, imagine na situação do Maranhão que já é por natureza, fraco financeiramente desde muito tempo! Rachá-lo ao meio por conta de um “projeto de padrasto” é criar dois “estados-filhos” tão pobres quanto o “estado-mãe”. Isso sem contar que de quebra, os imperatrizenses ainda terão que se conformar em ter na história da sua cidade, duas capitais, no caso São Luís e a futura “Aplausos”, suposto nome da capital do Maranhão do Sul, fazendo aqui, um trocadilho com Palmas-TO.

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