Um universo de fragmentos históricos e ficcionais, coisas colecionadas e selecionadas viram arte nas mãos de Filipe Espindola, artista que abre a nova edição da Ocupação Trapiche, com a exposição ‘Inventário do Caos’. A mostra entra em cartaz nesta sexta-feira (9), a partir das 18h30, na Galeria Trapiche Santo Ângelo, equipamento de cultura da Prefeitura de São Luís. A exposição fica aberta para visitação até o dia 13 de setembro, de segunda a sexta-feira, das 14h às 19h. A abertura conta com a performance ‘Disfarce’, por Márcia de Aquino e Filipe Espindola. A entrada é gratuita.

Peça da exposição ’Inventário do Caos’, na Galeria Trapiche
As obras trazem uma mistura de ossos, exoesqueletos de insetos, pequenas garrafas de bebida, folhas secas, folhetos de viagem, mapas, carcaças, restos, objetos catados, colecionados e selecionados durante anos, peças avulsas de um jogo de xadrez, anúncios de orelhão, miniaturas, fotografias, memórias. São um universo de pequenas obsessões pela catalogação de objetos, composição de formas, texturas e volumes.
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“A Galeria tem a ressalva de convidar artistas a partir da vivência com a cidade e o que percebemos nela, além da relevância das obras. O trabalho de Filipe Espindola é muito meticuloso, rico em detalhes. É um artista que expressa muito bem a sua leitura de mundo, potencializando isso em suas criações. Trazer ele para este equipamento público é um ganho para toda cidade, pois nos leva a apreciar a arte e dialogar com os contextos políticos nos quais se encontram”, destacou a diretora da Galeria Trapiche, Camila Grimaldi.
Espindola é paulista, mas reside há dois anos em São Luís. A mostra traz uma perspectiva de expor um recorte de sua trajetória como artista plástico, com destaque para as assemblages e colagens bidimensionais (dos anos 1990 até hoje), mas também apresenta cerâmicas, desenhos, livros de artista, esculturas e resíduos de performances, obras produzidas desde sua graduação em Artes Plásticas na Unicamp bem como no período em que gerenciou o ateliê de modificação corporal Studio Nômade (1999 a 2010). Figuram também alguns detalhes de coleções, uma parte importante de suas referências e modos de criar.
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