Foi realizado nesta quinta-feira, 9, no Centro Cultural e Administrativo do Ministério Público do Estado do Maranhão, em São Luís, o VII Encontro Nacional do Ministério Público na Defesa do Patrimônio Cultural. A temática principal do evento foi “Cidade, cultura e imaterialidade – A preservação do patrimônio cultural edificado”.
O evento é uma iniciativa da Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa), em parceria com o Ministério Público do Maranhão e o Governo do Estado, e com apoio da Escola Superior do Ministério Público (ESMP), Procuradoria Geral do Estado e Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Maranhão (CAU/MA).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A programação foi iniciada com um show de reggae com a cantora maranhense Célia Sampaio. Ainda na programação cultural, no Espaço Ilzé Cordeiro está aberta a exposição “Traços, cores e sombra”, do artista pernambucano Vital Barbosa. No encerramento, o reggae volta a tocar no Centro Cultural do Ministério Público, com o DJ Tarcísio Selektah.
Na abertura do evento, o presidente da Abrampa, promotor de justiça Luís Fernando Cabral Barreto Júnior, lembrou a fundação da Associação de membros que atuam na área ambiental, com o objetivo de estar em constante diálogo com a sociedade. De acordo com Barreto, o patrimônio natural e o cultural se complementam, citando a Carta de Paris, que motivou o reconhecimento São Luís como Patrimônio Cultural da Humanidade, e os reconhecia como “duas faces de uma mesma moeda”.
Segundo o promotor de justiça, a imaterialidade da cultura é o que permite a sociabilidade. “Somente pela identidade as pessoas se conhecem, se encontram e se socializam. A principal função do patrimônio cultural é fazer com que todos se sintam iguais, se sintam no mesmo espaço social, cultural, ambiental”, observou.
Citando o reggae, patrimônio maranhense, Fernando Barreto ressaltou a importância da cultura para a sociedade. “Na natureza, o silêncio está nos desertos; nas sociedades, o silêncio está nas tiranias”, finalizou.p
O procurador-geral de justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho, afirmou que o evento concretizava a ideia do Ministério Público ao criar o Centro Cultural: aproximar a instituição da sociedade, por meio da arte e cultura, “trazendo vida a este prédio que fica no coração da ilha de São Luís”.
Luiz Gonzaga Coelho falou sobre a necessidade de proteção ao patrimônio cultural seja ele material ou imaterial. “É necessário discutir, de maneira destacada, o patrimônio cultural intangível, o conjunto das expressões de vida e tradições que comunidades, grupos e indivíduos recebem de seus ancestrais e passam aos seus descendentes. Estamos falando, principalmente, em relação às minorias étnicas e aos povos indígenas, da fonte da sua identidade e história como fundamento da vida de suas comunidades”, enfatizou.