Não é por falta de dinheiro que Camila Jansen (DEM), prefeita de Cajari, município localizado na Baixada Maranhense, tem deixado prédios e logradouros públicos em situação deplorável. Somente para ilustrar o “excesso” de recursos, há cerca de 10 meses a gestora recebeu da Funasa R$ 350.000,00 para a construção de fossas e banheiros que deveriam ser instalados no povoado Enseada Grande I, na zona rural do município. São cerca de 60 kits sanitários para servir os moradores do lugar, mas até hoje nenhum destes equipamentos foi instalado.
O idoso Gregório Sodré, morador da zona rural de Cajari conta que teve de pagar 150 reais para cavar e construir a fossa no quintal da sua casa. “Tirei o dinheiro de minha aposentadoria, do sustento da minha família para fazer o serviço que é importante para nossa saúde”, disse.
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Ainda sobre saneamento básico, a atual gestora vem “tocando” uma obra que se arrasta há três anos e nunca foi concluída. Trata-se do fornecimento de água potável para o povoado Centrãozinho, local onde foi perfurado um poço artesiano em 2016 e erguida uma caixa d’água em 2018, coincidentemente, em anos de pleitos eleitorais. Acontece que a interligação entre esses ‘caducos’ serviços, tais como instalações elétrica e hidráulica e bomba ainda não foram realizados e assim, moradores de Centrãozinho continuam se servindo de ‘lata d’água na cabeça’. Os mais esperançosos do lugar acreditam que tudo será concluído em 2020, ano das eleições municipais.
Outro descaso da prefeita Camila Jansen é com relação a conservação e manutenção de prédios que abrigam escolas da rede municipal de ensino. As péssimas condições da Escola Municipal Antonio G. de Melo, na zona rural, são motivos de revolta para pais de crianças que são obrigadas a estudar num espaço insalubre e de poucas condições sanitárias. Paredes com infiltrações e telhado comprometido com goteiras formam o cenário deste prédio público.
Situação pior acontece no povoado Enseada II onde crianças do ensino fundamental estão tendo aulas em locais improvisados, inclusive em um ‘terreiro de macumba’ cujo proprietário firmou contrato de forma irregular com o Município.
Na verdade, moradores da zona rural não estão sendo atendidos pela atual gestão municipal e o descaso segue nos mais variados setores. A prinicipal estrada de acesso da sede para os povoados de Cajari está praticamente intrafegável e assim, o escoamento da produção agrícola permanece comprometido. Até mesmo um prédio ´público que deveria abrigar uma ‘casa de farinha’ está prestes a ruir por falta de reforma ou mesmo reparos em sua estrutura.