1.800 EXCLUÍDOS – Nomeação de aprovados no concurso da PMMA não passou de propaganda eleitoreira

Acampados há quase 20 dias entre dois imponentes palácios que abrigam as sedes do Executivo e do Judiciário maranhenses, 1.800 aprovados no concurso da Polícia Militar do Maranhão se revezam no sentido de buscar seus direitos. Eles concluíram o curso de formação de soldado, se submetendo aos mais rigorosos testes de resistência física e psicológica, mas ainda não foram nomeados pelo governador Flávio Dino.

A certeza do direito adquirido e o preparo conquistado durante os treinamentos no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da PMMA (CFAP) são os combustíveis que fazem essa turma se manter de pé, faça chuva ou faça sol, mesmo com as retaliações impostas por ordens palacianas. São jovens da capital e do interior do Estado, entre os quais, muitos pais e mães de família que sacrificaram boa parte de suas vidas em busca do sonho de ser policial militar, bem como de garantir o sustento de seus filhos. Vale dizer que muitos destes aprovados, tiveram que deixar seus empregos, pois o curso de formação militar exigia tempo integral.

Alumar

Aprovados no concurso da PMMA permanecem acampados em praça pública, sob forma de rodízio, buscando seus direitos (Foto Reprodução-G1MA)

Para reforçar esse objetivo, o grupo de aprovados no concurso lançou uma petição pública na internet para pressionar o Governo Estadual a realizar a nomeação aos cargos. Milhares de assinaturas já foram registradas, mas até então, governantes, inclusive membros do legislativo, fazem de conta que nada está acontecendo. A petição é uma atitude do deputado Adriano Sarney (PV), que usou a tribuna da Assembleia Legislativa para lembrar que no fim do ano passado, foi aprovado o orçamento para 2019, que previa recursos para a contratação de mais policiais.

A propósito, em julho de 2018, praticamente às vésperas das eleições majoritárias, o governador do Maranhão fez a nomeação de centenas de novos policiais militares. Durante a campanha eleitoral, Flávio Dino, então candidato à reeleição, ostentou a bandeira da segurança pública como prioridade em seu novo mandato e, nesse sentido, prometeu o aumento do efetivo das polícias Civil e Militar, assim como o seu reaparelhamento.  Agora, “são outros 1.800” (ops) 500.

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