Na noite desta quarta-feira (20) diversas partes da Ilha de São Luís foram invadidas pelas águas da chamada ‘Maré de Sizígia’, fenômeno natural provocado quando as forças gravitacionais do Sol estão na mesma direção da Lua, o que produz marés mais baixas e mais altas. Desta vez, até mesmo o esburacado estacionamento do Centro Histórico de São Luís foi atingido pelo avanço das águas da maré, que chegaram ao local através do antigo e precário sistema de drenagem, causando susto a quem presenciou a situação.
De outra forma, bem perto dali, na Rua da Estrela, nas proximidades da Escola de Música do Maranhão, um outro fenômeno, bastante conhecido pelos ludovicenses, tem atormentado a vida de condutores de veículos e transeuntes. Um imenso buraco está comprometendo o tráfego e a cada dia, a situação se agrava sem que a Prefeitura de São Luís, através de sua Secretaria de Obras, tome uma providência. Aliás, a buraqueira está tomando de conta não somente das ruas da região, revestidas com pedras de paralelepípedos. Algumas calçadas, o parque de estacionamento e escadarias do Centro Histórico apresentam peças desprendidas e buracos, causando um eminente risco de acidentes para pedestres. Muitos destas armadilhas nas calçadas são formadas pelo desprendimento de tampas metálicas de caixas que conduzem as redes de telefonia e de energia elétrica.
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A falta de atenção do poder público municipal com relação à região central da capital maranhense, por um determinado momento, foi considerada coisa do passado. Isso porque, em janeiro de 2015, logo após a posse do primeiro mandato de Flávio Dino como governador, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior, de forma empolgada e vibrante, anunciou a criação da Subprefeitura da região central de São Luís. Ao lado do então secretário de Governo Lula Fylho, Edivaldo indicou o turismólogo e gastrônomo Fábio Henrique Farias Carvalho para o “cargo” de subprefeito e a ideia seria o executivo municipal se fazer mais presente junto das comunidades.
A Subprefeitura iria agir diretamente nos 11 bairros situados dentro da região do Anel Viário e também seria uma espécie de elo entre os poderes públicos federal e estadual com a Prefeitura Municipal de São Luís. O “sub órgão” seria, além de um facilitador entre o poder e o povo, o solucionador dos problemas emergenciais de ordem estrutural da região central de São Luís, mas pelo visto, como alguns outros projetos, a Subprefeitura do Centro da ‘capital de todos os maranhenses’ virou paisagem.
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