As constantes chuvas que normalmente caem nesta época do ano na Ilha de São Luís, sempre provocam estragos na antiga e precária malha viária da capital maranhense. Bem mais intensas, as chamadas “chuvas de março” em pleno período carnavalesco tem deixado bairros quase que isolados, devido as lastimáveis condições em que se encontram suas principais vias de acesso.
Basta tentar entrar com pequenos veículos em bairros de São Luís como a Coheb do Sacavém, Vila Riod, Vila Janaína, Cidade Olímpica ou em comunidades da área Itaqui-Bacanga, para saber que o “bloco da buraqueira” invadiu, literalmente, as principais ruas destes lugares. Para piorar a situação, há tempos não se vê equipes da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) atuarem na chamada “operação tapa-buracos”. E nem podem, porque, com a péssima qualidade do asfalto usado nestas ações emergenciais, seria jogar dinheiro pelas imensas valas e crateras.
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Neste caso, abre-se parêntese para a tapagem de buracos realizada na tarde da última sexta-feira (01), na Avenida Beira Mar, próximo ao Cais da Sagração, o que provocou enorme engarrafamento no trânsito. O motivo seria “embelezar” e facilitar o vai e vem de foliões e visitantes entre as duas “passarelas do samba” montadas com recursos oficiais no Centro de São Luís. Principalmente, porque o turista que veio passar a temporada carnavalesca precisa sair daqui com uma excelente impressão da cidade.
Enquanto isso, na periferia, a “turma dos desprezados” disputa palmo a palmo, com o bloco “unidos da buraqueira”, os pequenos trechos asfaltados que ainda restam nas ruas da maioria destes bairros. Até mesmo as vias públicas do polo Coroadinho que foram pavimentadas com bloquetes comprados a peso de ouro já sofrem danos provocados pela força águas pluviais.
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