Corporativismo: 1 – substantivo masculino – doutrina que considera os agrupamentos profissionais como uma estrutura fundamental da organização política, econômica e social e preconiza a concentração das classes produtoras em forma de corporações tuteladas pelo Estado. 2 – Por extensão: defesa exclusiva dos próprios interesses profissionais por parte de uma categoria funcional: espírito de corpo ou de grupo.
Dentro destes significados extraídos de um dicionário e levando em conta que o presidente da República Jair Bolsonaro é um militar da reserva do Exército Brasileiro e e que o governador do Maranhão Flávio Dino é advogado, formado em Direito pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA, pode-se dizer que ambos “abusaram” do corporativismo ao montar e reformar, respectivamente, as suas equipes de governo. É claro que no centro destas formações existem conceitos e méritos contidos nos currículos dos profissionais convocados para compor as equipes. E outra: agir dessa forma, não macula ou mancha a imagem do gestor ou da sua equipe.
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Desta maneira, mesmo Dino e Bolsonaro andando no campo da política partidária em caminhos inversos e pregando ideologias diferentes, no quesito formação de equipe de governo, os dois são perfeitamente iguais. Ou seja, tanto no militarismo quanto no comunismo, quando o assunto é corporativismo, os espíritos de grupo ou de corpo parecem ser exatamente iguais. Se não, veja:
Em nível nacional, fazem parte dos primeiro e segundo escalões do governo de Jair Bolsonaro ao menos 32 militares que estavam na ativa ou na reserva. São sete ministros, 20 secretários ou chefes de gabinete e três ocupando cargos de comando de estatais. Soma-se a estas três dezenas de militares do atual governo federal, o vice-presidente general Hamilton Mourão (PRTB) e o porta-voz da Presidência o também general Otávio Santana.
Já na esfera estadual, após a recente reforma feita em seu governo, Flávio Dino passou a contar com mais de 20 integrantes que se formaram, tal qual ele, no curso de Direito. Esses vinte e poucos advogados convidados para compor a sua nova equipe do governo estão chefiando órgãos estatais ou sendo titulares de importantes secretarias de Estado.
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