O Supermercado Maciel, considerado uma das maiores redes do setor na história comercial do Maranhão, segue “arquejando”, como se estivesse em estado de coma irreversível. De suas 10 lojas abertas para atender ao público da Ilha de São Luís ao longo de mais de duas décadas, somente duas ainda estão em funcionamento (Cohama e Calhau) e o que é pior, de forma precária, devido a pouca variedade de produtos oferecidos em suas gôndolas e prateleiras.

Loja do Supermercado Maciel do Calhau, ainda aberta ao público, mas com pouca variedade de produtos

Genuinamente maranhense, a rede de supermercados Maciel chegou a gerar mais de 3.000 empregos diretos e indiretos em suas lojas e Centro de Distribuição. A rede tornou-se atrativa ao consumidor por oferecer condições flexíveis de pagamento e expor um grande leque de mercadorias das mais variadas marcas e conceitos. Outro aspecto interessante do grupo que também serviu de atração para o público foram alguns serviços  e produtos oferecidos em pequenos pontos comerciais nas galerias anexas às suas lojas, tais como casas lotéricas, farmácias, bancas de revistas e artigos para presentes, sem contar com suas praças de alimentação.

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Atualmente, chega a se tornar nostálgico para o consumidor, entrar em uma destas duas lojas e verificar equipamentos de refrigeração desligados ou quando muito, ocupados por garrafas de água mineral. Nas gôndolas, os produtos expostos ocupam apenas a primeira fileira das prateleiras, uma forma usada pelos poucos repositores para ocupar os espaços.  Na bateria de caixas, duas ou três operadoras para atender os clientes.

Após a tentativa frustrada do seu titular, o empresário Raimundo Maciel, em negociar com seus funcionários benefícios e encargos sociais atrasados, a situação somente se agravou e as demissões foram inevitáveis. Na época, um vídeo exibindo a “reunião” viralizou nas redes sociais e causou comoção pública. Informações extraoficiais apontam que menos de cinquenta empregados ainda operam nas duas lojas. Um grave problema sócioeconômico que se instalou na cidade de São Luís, sem perspectiva de ser solucionado com a intervenção de quem  prega política de geração de empregos e de renda neste estado.

Enquanto isso, o Grupo Mateus segue crescendo, com lojas de grande e pequeno portes, em áreas nobres e periféricas da Ilha, além de se expandir também pelo interior maranhense e enveredar por outros estados da região. Tudo isso, com trabalho, afinco, foco e estratégia para evitar que a grande concorrência nacional, os chamados “gigantes do setor”,  se infiltrem no Maranhão. Pelo menos, foram essa as fórmulas e razões que o empresário Ilson Mateus transmitiu à imprensa local, recentemente, durante uma entrevista coletiva em seu ‘QG’ da Cohama, justificando o seu robusto e dinâmico crescimento.

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